Abstract

O relacionamento do presidente do Brasil Jair Bolsonaro com a imprensa, durante a eleição e o primeiro ano de governo, foi marcado por conflitos e declarações polêmicas. Uma dessas declarações teve como alvo um dos maiores jornais de circulação no país, a Folha de São Paulo, na qual Bolsonaro chegou a dizer que “toda a fonte do mal é a Folha de São Paulo”. A fim de entender a relação entre esses atores de importância social e propor a reflexão sobre a ética jornalística, o trabalho analisa como as ombudsmans do jornal Folha de São Paulo interpretaram a cobertura jornalística sobre Jair Bolsonaro realizada pelo veículo nos anos de 2018 e 2019. O método de análise de dados utilizado foi a análise de conteúdo. O recorte estudado compreende os anos de 2018 e 2019, período de eleição e primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, e dois mandatos de ombudsmans da Folha. Nesse período, foram selecionados 45 textos que mencionam Bolsonaro ou seu governo, os quais foram analisados a partir das categorias de análise: mediação das ombudsmans; ideias em conflito; e necessidade da crítica. Assim, foi possível identificar que os conflitos entre Bolsonaro e Folha se intensificaram com o aumento na aparição do político em reportagens investigativas e furos jornalísticos do veículo, e que as ombudsmans apontam saturação de declarações polêmicas do presidente no noticiário da Folha de São Paulo.

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