Abstract

A promoção de eventos e megaeventos mobiliza simultaneamente, de forma concatenada ou não, práticas de ócio e negócio, que são capturadas pela atividade turística como estímulo para a reprodução do capitalismo, pela quantidade de outras atividades que engrena (primário, secundário e terciário), colocando a arquitetura e a cidade como protagonistas no desenvolvimento urbano contemporâneo. Nesta direção, o artigo analisa a articulação dos eventos e megaeventos à provisão de infraestruturas urbanas e edilícias e à construção da imagem turística dos lugares, motivadas por atividades de ócio e negócio. Os procedimentos metodológicos possuem caráter teórico e exploratório e tem pretensões multidisciplinares. Para tanto, serão discutidos em uma perspectiva histórica os conceitos de ócio e negócio como atividades propulsoras de deslocamentos e viagens; na sequência serão delimitados aproximações e diferenças entre o turismo de eventos e de negócios, adentrando em seguida nas distinções entre eventos e megaeventos, ressaltando a complexidade e o protagonismo deste último como um dos principais sintomas da globalização; finalmente serão apresentados os desdobramentos espaciais na escala da arquitetura e da cidade na realização dos (mega)eventos, bem como a sua repercussão na imagem da cidade. Como síntese, é importante atentar que os desdobramentos espaciais do turismo de negócios, de eventos e dos megaeventos se manifestam em várias escalas e com diferentes níveis de complexidade, revelando as potencialidades e/ou fragilidades dos lugares. O planejamento urbano, a arquitetura e o urbanismo são importantes objetos do conhecimento e de intervenção espacial para garantir infraestruturas e estruturas urbanas e edilícias adequadas à realização de eventos, que devem ser sensíveis às demandas de turistas e das comunidades receptoras.

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