Abstract

The armed conflict that has erupted in Ukraine in 2014 has been affecting the way the states involved interact and how they seek to implement certain narratives in a new regional political context. While Russia has taken a more assertive stance in its neighbourhood through a narrative that seeks to contradict Western values promoted by the European Union (EU), the latter has shown some difficulty in presenting a coherent narrative in the face of developments over the past five years. In this sense, this article proposes to analyse the EU-Russia interaction, using as a case study the incident involving the crash of the Malaysia Airlines civil aircraft MH17. The analytical perspective combines elements of Role Theory - which here focuses on the interaction of states on the basis of certain expectations regarding their internal (national) and external (regional/international) roles - and Strategic Narratives. The differences between issue narratives (including regarding the Bellingcat Investigation Team narrative), system narratives and identity narratives are explored. The argument presented here is that the externalization of the EU issue narrative has emerged in two distinct ways - one more moderate in its official stance as an institution; another more assertive from the point of view of the work done by the East Stratcom Task Force (EATF). This ends up creating some dissonance in the way the European Union designs its narrative, and misalignment with the EU's narrative identity as a role state.

Highlights

  • O conflito armado que se vive na Ucrânia, na região de Donbass, ganhou um ímpeto renovado com o abate do avião da Malaysia Airlines que fazia a rota entre Amesterdão e Kuala Lumpur, a 17 de julho de 2014, quando este sobrevoava a zona de conflito no Leste da Ucrânia

  • Esta breve explicação assume relevância no contexto deste artigo, já que a perceção e as expectativas do papel da UE enquanto ator internacional não são uniformes, dentro da UE ou fora da instituição - nomeadamente na Rússia, com quem entra frequentemente em rota de colisão, como é exemplo o conflito na Ucrânia (Ademmer et al, 2016; Chaban e Holland, 2014; Delcour e Wolczuk, 2018; Lucarelli, 2014)

  • O autor enumera quatro argumentos fundamentais no desenvolvimento desse processo, e que importa observar com atenção: em primeiro lugar, cada um dos atores (UE e Rússia) procura introduzir na Ucrânia práticas políticas coadunáveis com os seus próprios valores e interesses; em segundo, ao nível económico, cada um dos atores tem procurado abrir o mercado ucraniano aos seus próprios mercados no sentido de criar uma dinâmica transnacional; em terceiro, ambos os lados têm procurado atrair a Ucrânia para os seus projetos de segurança na região, um cenário em que a OTAN aparece também como ator central; por último, cada um dos dois lados tem tentado introduzir uma ideologia e perceção da história mais próxima dos seus interesses (Samokhvalov, 2015: 13721373)

Read more

Summary

Paulo Ramos Alena Vieira

O conflito armado que se vive na Ucrânia, na região de Donbass, ganhou um ímpeto renovado com o abate do avião da Malaysia Airlines que fazia a rota entre Amesterdão e Kuala Lumpur, a 17 de julho de 2014, quando este sobrevoava a zona de conflito no Leste da Ucrânia. A morte de quase 300 pessoas, a grande maioria delas europeia, levou a que os países da UE assumissem uma postura conjunta mais assertiva na busca por uma resolução do conflito armado naquela região. O mesmo aconteceu com o Minsk II, assinado pela Ucrânia, Rússia, França e Alemanha em Fevereiro de 2015, e que procurou, sem sucesso, resolver as falhas do primeiro acordo. O facto de ter às suas portas um conflito que, de acordo com a ONU, já levou à morte de 13 000 pessoas , mais de 3 000 delas civis (Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, 2019), faz com que a política externa da UE se veja sob forte pressão mediática nos últimos anos, o que aumenta ainda mais a sua responsabilidade neste processo. Através da análise de várias fontes secundárias e primárias, este trabalho propõe-se, assim, a analisar a evolução das narrativas da Rússia e da UE em relação à queda do MH17, que serve como caso de estudo principal neste contexto

Enquadramento teórico
As Narrativas Estratégicas em Contexto de Conflito Armado na Ucrânia
Rússia UE
Referências bibliográficas
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.