Abstract

A presente reflexão discute a filiação da Europa contemporânea em três matrizes possíveis (mitológicas e políticas): a matriz grega da filosofia e da democracia, a raiz judaico-cristã e a ciência. Porém, aparentemente nenhuma delas apresenta uma dimensão consensual, enquanto definidora da Europa. Não admira pois que, hoje, a Europa viva um niilismo subtil e uma espécie de reflexo masoquista. O ensaio discute também a dificuldade em que a razão europeia vive a partir da filosofia grega, ao introduzir um questionamento radical que abala a verdade mítica, instituindo um discurso quase sempre problemático e até dramático. Esta falta de coerência interna também se repercute na forma como o Estado e o Poder foram pensados a partir da matriz judaico-cristã. Realizando hoje o quanto a Europa foi perdendo a sua centralidade, o texto termina como uma palavra de exortação à recriação dos europeus e da sua identidade.

Highlights

  • Resumo: A presente reflexão discute a filiação da Europa contemporânea em três matrizes possíveis: a matriz grega da filosofia e da democracia, a raiz judaico-cristã e a ciência

  • Estes povos tinham uma espécie de interioridade extrema e absoluta

  • Escapamos por pouco e fomos salvos por quem hoje nos olha do alto e com razão, porque eles são os senhores do mundo e nós já não somos, mas fomos

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Summary

Introduction

Resumo: A presente reflexão discute a filiação da Europa contemporânea em três matrizes possíveis (mitológicas e políticas): a matriz grega da filosofia e da democracia, a raiz judaico-cristã e a ciência. Esses povos não pareciam ter nenhum discurso, nenhuma leitura do mundo que se parecesse com a leitura que nós conhecíamos da tradição europeia, qualquer que ela fosse, pois ela mesma era mítica e histórica ao mesmo tempo, uma vaga entidade à qual se referiam e nada mais.

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