Abstract

A existência dos povos tradicionais é frequentemente ameaçada por iniciativas de desterritorialização. Nesse contexto, relata-se um estudo de caso realizado na comunidade ribeirinha de São Carlos do Jamari, localizada no estado de Rondônia— Amazônia brasileira—, com os objetivos de compreender qual a interpretação feita por esses comunitários sobre o desastre da inundação sofrida em 2014 e de compreender quais mudanças foram fomentadas pelos processos de aprendizagem social que permearam esse grupo nesse contexto. A inundação histórica da comunidade ocorreu no contexto de implantação de duas grandes usinas hidrelétricas no rio Madeira — Santo Antônio e Jirau. Foram realizadas entrevistas com sete moradores e um grupo focal com cinco pessoas, além de observações diretas do cotidiano da comunidade e desenvolvimento de conversas informais. Os dados revelam que predomina uma interpretação questionadora do desastre, relacionando-o à implantação das usinas. Também foram identificadas três esferas de mudanças na comunidade permeadas por processos de aprendizagem: as relações comunidade-comunidade, comunidade-território e comunidade-Estado. Argumenta-se pela necessidade de fortalecimento da perspectiva etnoconservacionista em diálogo com a educação ambiental latino-americana.

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