Abstract

Em virtude das lacunas apontadas pela literatura de conhecimento e aprendizagem organizacional, este artigo constitui uma reflexão sobre conhecimento e aprendizagem organizacional por meio das abordagens situada e da tecnociência. Desse modo, a aprendizagem é considerada uma teoria do movimento organizacional e social, portanto, de caráter processual e relacional. Essa alternativa permite lançar um olhar diferenciado para o fenômeno por meio de duas abordagens ainda incipientes nos estudos da área, uma vez que ambas têm interesse no processo pelo qual um "objeto novo" torna-se um "objeto menos novo". Destaque é dado às obras de Latour, autor que explora os conceitos de agência e tempo/espaço como construídos localmente. A organização é tida, nessa perspectiva, como sistema de autoridade. Um estudo teórico-empírico realizado com plantas industriais é utilizado neste artigo como base para explorar o enfoque dinâmico do conhecimento e para compreender a aprendizagem como parte de uma prática social da vida organizacional. Destaca-se, ainda, o potencial das abordagens situada e da tecnociência para analisar o conhecimento e a aprendizagem organizacional, considerando-os de uma forma mais ampla e relacional, em uma realidade na qual há dinâmica e movimento implícito. Apontam-se as implicações que permanecem, tanto em relação ao conteúdo como à metodologia, e salienta-se a necessidade de novos estudos teóricos e teórico-empíricos.

Highlights

  • this article constitutes a reflection on organizational knowledge

  • learning is regarded as a theory

  • This alternative allows looking with different eyes at the phenomenon

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Summary

Introduction

Because of the gaps pointed out by the literature on organizational knowledge and learning, this article constitutes a reflection on organizational knowledge and learning by means of the situated and technoscience approaches. A primeira, por possibilitar narrar conhecimento e aprendizagem nas organizações como fenômeno dinâmico (PATRIOTTA, 2003), permitindo estudar sistematicamente o processo de construção de uma 'caixa-preta' (LATOUR, 2000) – para o autor, tal termo refere-se a um fato científico e/ou um artefato técnico que já é tido como certo.

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