Abstract
O ciclone Arani ocorreu em março de 2011 no oceano Atlântico Sul e foi classificado inicialmente como depressão subtropical. Ao atingir ventos superiores a 34 nós, passou à categoria de tempestade subtropical, sendo nomeado pela Marinha do Brasil como Arani, que significa tempo furioso em Tupi Guarani. O objetivo deste trabalho foi analisar o ciclone Arani através do Espaço de Fase de Ciclones, construído com dados da reanálise ERA-Interim do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF), com 0,7º de resolução espacial, e, também, utilizando campos sinóticos e cortes verticais com os dados da reanálise do Climate Forecast System Reanalisys (CFSR), com 0,5º de resolução. Através dos diagramas de fase foi possível identificar a estrutura subtropical do ciclone Arani e o indício de uma transição de fase extratropical no final de seu ciclo de vida. Os resultados indicaram, também, que a qualidade dos diagramas de fase para ciclones com fraco núcleo quente e pequenas dimensões depende de modelos atmosféricos adequados e, por isso, os valores obtidos devem ser analisados com cautela quando se trata do uso de modelos globais. Neste caso, o estudo qualitativo dos diagramas se mostrou mais útil do que a análise puramente quantitativa. Apesar de discordar da informação de uma transição de fase extratropical no final do ciclo de vida do ciclone Arani, contida nos diagramas de fase empregados no estudo, a análise dos campos e dos perfis sinóticos contribuiu para o entendimento do desenvolvimento do ciclone e para a interpretação dos próprios diagramas de fase.
Highlights
Os ciclones passam grande parte de seu ciclo de vida sobre os oceanos
Foram utilizadas informações do Climate Forecast System Reanalisys (CFSR), imagens do satélite GOES-12, cartas sinóticas elaboradas pelo Serviço Meteorológico Marinho (SMM), operado pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)), dados estimados por sensores em satélites (ASCAT e Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM)), e diagramas de fase de ciclone com dados de reanálise ERA-Interim gerados pela Universidade do Estado da Flórida (FSU), no período de formação e desenvolvimento do Ciclone Arani, entre 13 e 19 de março de 2011
O ciclone Arani foi classificado como ciclone subtropical desde a sua origem até o dia 17, sendo uma depressão subtropical a partir do dia 14 até o dia 15, quando atinge a in
Summary
Os ciclones passam grande parte de seu ciclo de vida sobre os oceanos. Os centros operacionais de previsão do tempo, voltados para as áreas marítimas, devem dar especial atenção a estes fenômenos. Para que haja o aumento da previsibilidade da trajetória e da intensidade dos ciclones, o conhecimento das diferentes características térmicas que eles podem apresentar constitui uma importante ferramenta prognóstica. O avanço na forma de obtenção de dados, o aumento da quantidade e da qualidade de observações atmosféricas sobre áreas oceânicas através de satélites e o desenvolvimento de ferramentas em modelagem numérica permitiram observar que os ciclones extratropicais podem apresentar aspectos tropicais, e vice-versa. Desta forma, um mesmo ciclone pode apresentar diferentes fases durante o seu ciclo de vida, com diferentes características estruturais e térmicas. A fase que o ciclone assume durante o seu ciclo de vida implica em variações de sua intensidade, tamanho, incerteza de previsão, e, consequentemente, na ameaça que
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