Abstract

O garimpo aurífero do Papagaio, localizado em Paranaíta, Mato Grosso, insere-se no setor noroeste da Província Aurífera de Alta Floresta, sul do Cráton Amazônico. Está hospedado em dacito porfirítico inicialmente afetado por alteração potássica, sobreposta por forte alteração sericítica pervasiva e, por fim, por alteração propilítica. O minério é representado pela paragênese pirita + calcopirita + esfalerita ± galena ± calcocita ± covelita e ocorre associado a sistemas de veios de quartzo e stockworks que truncam os setores de alteração potássica e sericítica. Estudos de inclusões fluidas dos veios mineralizados e estéreis presentes no garimpo permitiram identificar três grupos de inclusões fluidas: tipo I) inclusões aquocarbônicas; tipo II) aquosas bifásicas; tipo III) aquosas tri a multifásicas. Nos veios mineralizados houve a crepitação das inclusões do Tipo I a 325ºC. Foram encontradas temperaturas de homogeneização de 115,1 a 216,2ºC e salinidades entre 0,5 a 24,0% para as inclusões do Tipo II. Nos veios estéreis, as inclusões do Tipo II resultaram em temperaturas de homogeneização total entre 135,9 e 190,3ºC e salinidades de 26,0 a 30,2%. No Tipo III a homogeneização total ocorreu entre 323,2 e 402,9ºC com salinidade superior a 40,0%. Portanto, fluidos de elevada temperatura e salinidade com características de origem magmática tiveram um papel essencial na formação das zonas mineralizadas do garimpo. Nesse contexto, a colocação de corpos subvulcânicos teria sido essencial na gênese da mineralização aurífera do Papagaio, pois teria servido como fonte de calor, fluido e metais para a instalação de um sistema magmático-hidrotermal profundo, relacionado ao ambiente dos depósitos do tipo pórfiro e intrusion-related gold systems (IRGS).

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