Abstract

O objetivo do trabalho foi identificar a fauna flebotominea em areas do perimetro urbano do municipio de Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil. O estudo foi desenvolvido de marco de 2005 a fevereiro de 2006, em 17 ecotopos distribuidos em 12 locais, tres no Centro e nove em diferentes bairros. As capturas foram realizadas quinzenalmente com armadilhas automaticas luminosas. Capturou-se 2.680 especimes, 2.283 machos e 397 femeas, de 12 especies, Brumptomyia avellari, Brumptomyia brumpti, Bichromomyia flaviscutellata, Evandromyia corumbaensis, Evandromyia sallesi, Lutzomyia longipalpis, Micropygomyia acanthopharynx, Micropygomyia quinquefer, Nyssomyia whitmani, Psathyromyia aragaoi, Psathyromyia punctigeniculata e Psathyromyia shannoni. Lutzomyia longipalpis, vetora do agente da leishmaniose visceral americana, foi a especie mais frequente e a mais abundante, representando 93,5% dos flebotomineos capturados e indice de abundância padronizado de 0,85. Com frequencia mais expressiva nos ecotopos proximos de galinheiro e de pocilga, esta especie foi capturada em todos os meses do ano, com picos no verao, inverno e primavera. As demais especies foram pouco frequentes. Ressalta-se que a captura de Bichromomyia flaviscutellata, no intradomicilio e peridomicilio, nas proximidade de mata remanescente, tem grande significado epidemiologico uma vez que essa especie e a principal vetora da Leishmania (Leishmania) amazonensis, agente etiologico da leishmaniose cutânea difusa anergica. Portanto, na area urbana de Bonito foram encontradas duas especies que comprovadamente participam da transmissao de leishmanioses, Lutzomyia longipalpis e Bichromomyia flaviscutellata, ambas encontradas naturalmente infectadas pelos respectivos agentes.

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