Abstract

A avaliação radiográfica do casco é essencial no diagnóstico e na avaliação da laminite em equinos, contudo poucos estudos têm sido feitos em raças nacionais. O objetivo deste trabalho foi realizar a morfometria de imagens radiográficas obtidas do dígito de éguas Mangalarga Marchador (MM), a fim de obter um perfil de medidas indicadoras de laminite nessa população e comparar grupos sem (escore corporal 5 e 6) e com (escore corporal 7 e 8) sinais de sobrepeso. Não houve diferença significativa entre os valores para as medidas dos dois grupos (P>0,05), mas verificou-se correlação positiva entre a distância entre os planos da linha coronária e do ápice do processo extensor (afundamento da falange distal) e indicadores de deposição de gordura localizada no pescoço e na base da cauda. Os achados demonstram que a morfometria radiográfica do dígito dessa população de equinos Mangalarga Marchador difere da de raças estrangeiras. Além disso, nos animais estudados, éguas com escore corporal 7 e 8 não aparentaram estarem mais sujeitas à laminite, uma vez que não houve diferença entre a morfometria de éguas com escore inferior. Entretanto, as correlações positivas entre índices de obesidade e a distância de afundamento da falange distal indicam que éguas Mangalarga Marchador também estão sujeitas à ocorrência de laminite associada à obesidade.

Highlights

  • The radiographic evaluation of the hoof is essential in the diagnosis and follow-up of equine laminitis; few studies have been conducted in Brazilian breeds

  • Findings from this study demonstrate that radiographic morphology of the hoof from this population of Mangalarga Marchador mares differ from standard international reference values

  • A correlação significativa encontrada entre a distância de afundamento da falange distal e as medidas objetivas de adiposidade no pescoço e na base da cauda representa um alerta quanto ao risco de desenvolvimento de laminite com o aumento da adiposidade

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

Utilizaram-se 36 fêmeas MM, não gestantes, com idade entre quatro e 20 anos (média 9,97 e DP 4,7), todas do mesmo plantel, criadas a pasto e sem histórico de casqueamento recente. Ainda com o mesmo objetivo, medidas da circunferência do pescoço foram tomadas em três alturas diferentes em relação ao comprimento total do pescoço segundo metodologia descrita por Frank et al (2006). De acordo com o descrito por Thrall (2002) e Pollitt (2008), foram obtidas as medidas para as seguintes variáveis: ângulo distal entre as superfícies dorsais da falange distal e da parede do casco (ângulo de rotação), distância entre os planos horizontais entre a banda coronária e o ápice do processo extensor da falange distal (distância de afundamento), distâncias entre as superfícies dorsais da falange distal e da parede do casco, proximal (falange-casco P) e distal (falange-casco D), e a porcentagem da média dessas últimas medidas em relação ao comprimento palmar da cortical da falange distal (distância da ponta da falange até a articulação com o osso navicular) (Fig. 3). Médias (M) (±DP) e valores mínimo (Mín) e máximo (Máx) das variáveis relativas às características corporais e morfometria radiográfica do casco de éguas da raça Mangalarga Marchador com e sem sinais de obesidade

Falange casco
TA base da cauda
Findings
Afundamento de falange distal
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