Abstract

Estromatólitos do tipo Conophyton foram descritos nas faixas Ribeira (C. garganicum) e Brasília (C. metulum e C. cylindricum), em unidades litoestratigráficas atribuídas ao Mesoproterozóico. Conophyton garganicum ocorre na Faixa Ribeira (Grupo Itaiacoca), na região de Itapeva (SP). No Grupo Itaiacoca formas atribuídas a Conophyton garganicum foram encontradas também em Abapã (PR) e apresentam semelhança com as descritas em Itapeva. Conophyton garganicum do Grupo Itaiacoca difere das formas da Faixa Brasília, incluindo C. cylindricum e C. metulum. Na Faixa Brasília duas ocorrências de Conophyton são descritas no Grupo Vazante nas regiões de Cabeludo (C. cylindricum) e Lagamar (MG) (C. metulum), e uma no Grupo Paranoá próxima a Cabeceiras (GO) (C. cylindricum). Conophyton de Cabeludo difere daquele de Lagamar na espessura da laminação, bem como no grau de regularidade e herança laminar da zona axial. Por outro lado, Conophyton de Cabeceiras se assemelha ao de Cabeludo, quanto à espessura e padrão da laminação. As diferenças significativas observadas entre Conophyton das faixas Brasília e Ribeira, indicam ambientes deposicionais e/ou idades distintos. Conophyton indica idades do final do Mesoproterozóico e início do Neoproterozóico para os grupos Vazante, Paranoá e Itaiacoca, o que é consistente com as idades radiométricas disponíveis.

Highlights

  • The Conophyton stromatolites were described in the Ribeira (C. garganicum) and Brasília (C. metulum and C. cylindricum) belts, in lithostratigraphic unities attributed to the Mesoproterozoic

  • Apresentam seu apogeu no Proterozóico, antes do surgimento de metazoários consumidores e metáfitas concorrentes pelo mesmo espaço ecológico (AWRAMIK 1991)

  • SIGA JR., O.; BASEI, M.A.S.; PASSARELLI, C.R.; SATO, K.; PRAZERES FILHO, H.J.; CURY, L.F.; HARARA, O.M.; REIS NETO, J.M.; BASEI, G.B. 2006

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Summary

INTRODUÇÃO

Estromatólitos são estruturas biossedimentares produzidas por processos sedimentares e biológicos, resultantes da interação de comunidades microbianas bentônicas (principalmente cianobactérias e bactérias) com o meio em que vivem (HOFMANN 1969, WALTER 1976, BURNE & MOORE 1987). No Brasil, estromatólitos são pouco estudados e seu potencial de aplicação ainda é pouco explorado, apesar de serem conhecidos em diversas unidades carbonáticas brasileiras, principalmente naquelas de idade proterozóica, como no Cráton do São Francisco e faixas dobradas associadas, e nas faixas Paraguai e Ribeira. Destacam-se também as ocorrências nas seqüências carbonáticas adjacentes à porção oeste do Cráton do São Francisco, como os grupos Vazante e Paranoá (Figura 1) (MOERI 1972, CLOUD & DARDENNE 1973, CLOUD & MOERI 1973). Tanto na Faixa Ribeira quanto na Faixa Brasília ocorrem estromatólitos do tipo Conophyton. Como ocorre Conophyton descrito tanto na Faixa Ribeira quanto na Faixa Brasília, o objetivo deste trabalho foi realizar uma análise destas formas para fins de comparação e estabelecer um parâmetro para correlação entre as unidades estratigráficas. FIGURA 1 - Localização das ocorrências de Conophyton dos grupos Itaiacoca, Paranoá e Vazante (base geológica modificada de BIZZI et al 2001)

ESTROMATÓLITOS EM CORRELAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS
Grupo Itaiacoca
Grupo Vazante
Grupo Paranoá
CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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