Abstract
Resumo: Este artigo pretende problematizar e repensar o conceito de diferença sexual na contemporaneidade, considerando as transformações no campo da sexualidade e da família que interrogam a ahistoricidade e a imutabilidade dessa categoria. Na primeira parte do artigo será exposta a interpretação estruturalista da diferença sexual, a partir da teoria de Françoise Héritier, e uma leitura (negativa) da cultura feita por Michel Schneider baseada na diferença sexual como estrutura. Na segunda parte, será feito um trabalho de desconstrução da categoria de diferença sexual, pensada como dispositivo, e não como estrutura. Ideias de Joel Birman, Judith Butler, Sabine Prokhoris e Deleuze e Guattari serão apresentadas com o objetivo de romper com uma ontologia da diferença sexual e positivar múltiplas diferenças.
Highlights
Structure or Apparatus: How To (Re)Think Sexual Difference Nowadays? Abstract: This article aims to examine and rethink the concept of sexual difference in the contemporaneity, considering the changes in the fields of sexuality and family, which interrogate the ahistoricity and the immutability of this category
The article brings the structuralist interpretation of sexual difference, from Françoise Héritier’s theory, and a lecture of the culture by Michel Schneider based on the sexual difference as structure
HISTÓRICO Recebido em 22/11/2017 Aprovado em 03/07/2018
Summary
Este artigo pretende justamente problematizar o conceito de diferença sexual na contemporaneidade. Do incômodo em relação a autores, sobretudo da sociologia e da psicanálise, que se apoiam em uma interpretação estruturalista, ahistórica, da diferença sexual e, a partir dela, produzem apenas diagnósticos negativos e patológicos de nossa cultura. Da aposta de que outra intepretação da diferença sexual é possível - a histórica, que entende a diferença sexual não como estrutura, mas como dispositivo, no sentido foucaultiano do termo. O artigo se iniciará com a exposição da teoria da socióloga estruturalista Françoise Héritier, sucessora de Lévi-Strauss, que estabelece a diferença sexual como fundante de nossa cultura. Trata-se, assim, de delinear a possibilidade da interpretação histórica da diferença sexual, como dispositivo (e não como estrutura). Começaremos com a genealogia do paradigma moderno da diferença sexual traçada por Joel Birman, e depois exploraremos novos dispositivos de definição e acolhimento das subjetividades e sexualidades propostos por Judith Butler, Sabine Prokhoris, e Deleuze e Guattari
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have