Abstract
O objetivo deste estudo foi analisar a estrutura espacial da: paisagem como padrão funcional para a biodiversidade, considerando-a como um componente da ecologia da paisagem. Como área de estudo, foi enfocada a Morraria da Praia Vermelha (Penha, SC), sendo utilizado o programa Fragstats Spatial Pattern Analysis (ArcView). Foi verificado que a paisagem é representada por 174 manchas, por corredores compostos de cursos dágua, estradas, trilhas e linha de costão, e pela matriz, constituída por uma mancha de floresta. Espécies arbóreas clímax são raras ou muito raras, resultado da retirada seletiva, redução das aves dispersoras, condições edáficas e inclinação topográfica, conciliada à distância entre as manchas de floresta. A situação da área é ainda mais adversa devido à inexistência de conectividade com outros fragmentos. Se não forem adotadas ações de política pública, considerando a implantação de programas de restauração, de fiscalização e de educação ambiental, a tendência é de perda da biodiversidade ainda existente no ambiente.
Highlights
As porções da costa que constituem os promontórios rochosos ainda mantêm certa naturalidade, decorrente da geomorfologia existente
As ciências compartimentadas nas diversas áreas do conhecimento devem propiciar informações que permitam considerar o sistema complexo e dinâmico, reconhecendo a importância ambiental, social e cultural dos ecossistemas e as transformações ocorrentes
Parte adentra na Morraria pela Condutor, Filtro e Sumidouro porção sul e parte adentra na porção central, seguindo pela linha da costa oriental até o norte, e novamente para o ocidente da área
Summary
Ecologia da paisagem A base da ecologia da paisagem surgiu de Humboldt (Zonneveld, 1994) e de Darwin (Porto, 1999), sendo que para Turner e Gardner (1991), Malanson (1995), Rocha (1995), Troppmain (2000) e Burel e Baudry (2002), o seu conceito foi introduzido no final da década de 1930 pelo biogeógrafo Carl Troll, formulado com base no potencial apresentado pelo uso de fotografias aéreas, que permitia a observação de paisagens a partir de abordagens ecossistêmicas, como síntese entre a ecologia e a geografia. A alteração se refere à mudança na estrutura e na função do mosaico ecológico (Turner e Gardner, 1991), considerando que a dinâmica paisagística depende das relações entre as sociedades e seu ambiente, criando estruturas modificadas no espaço e no tempo, e que essa heterogeneidade controla numerosos movimentos e fluxos de organismos, matéria e energia (Burel e Baudry, 2002). Manchas Manchas se referem à reunião de espécies em um local predominado por uma matriz, que possui composição de comunidade distinta (Forman e Godron, 1981; Forman, 1995), diferindo da área adjacente (Carmo, 2000), e que podem manter conectividade através dos corredores. Para Forman e Godron (1981; 1986), os corredores podem ser de três tipos: Linhas-Corredores, de forma linear (estradas, trilhas, cercas, diques, canais e outros); Faixas-Corredores, mais largas que as linhas e usualmente com presença de vegetação (auto-estradas, sistemas de torres de energia); e Cursos d’água, principalmente considerando a vegetação ao longo dos mesmos. Essa estrutura é denominada de textura da borda e controla o fluxo de energia, matéria e organismos e as perturbações entre matriz e manchas ou matriz e corredores, controlando a heterogeneidade do sistema (Forman, 1995)
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