Abstract

<p>O artigo discute a estrutura da informação em uma perspectiva construcionista. São analisadas construções pseudoclivadas do russo em comparação com suas contrapartes em português brasileiro e inglês. Essa análise indica que, ao mesmo tempo que as pseudoclivadas em russo exibem similaridades com suas contrapartes nas línguas mencionadas, apresentam especificidades relacionadas à estrutura da informação. Nesse caso, foi possível postular para o russo um padrão de herança particular, em que a pseudoclivada herda propriedades de uma construção de foco mais abstrata, pareando a função de foco com a posição final da sentença.</p>

Highlights

  • This article aims at discussing information structure under a constructionist perspective

  • De acordo com o estudioso, a estrutura da informação pode ser definida tal como explicitado abaixo: “... componente da gramática da sentença, em que proposições como representações conceptuais de estados de coisas são pareadas com estruturas lexicogramaticais, de acordo com os estados mentais dos interlocutores, que usam e interpretam essas estruturas como unidades de informação em dados contextos discursivos5”

  • 6 No original: PRAGMATIC PRESSUPPOSITION: The set of propositions lexicogrammatically evoked in a sentence which the speaker assumes the hearer already knows or is ready to take for granted at the time the sentence is uttered

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Summary

Gramática de Construções baseada no uso – GCBU

O marco fundador da Gramática de Construções (daqui em diante, denominada GC) como um construto teórico remete à segunda metade da década de 80 (cf. FILLMORE, KAY E O’CONNOR, 1988; LANGACKER, 1987; LAKOFF 1987), com trabalhos que questionavam a concepção de língua predominante na época, qual seja, a de uma divisão discreta entre o léxico, como o domínio das palavras e das idiossincrasias, e a sintaxe, como o domínio das operações regulares e puramente estruturais, perspectiva apontada por Hilpert (2014) como “abordagem da gramática e do dicionário”. Para que uma versão da GC seja considerada baseada no uso, ela precisa ter um forte comprometimento com ao menos dois pressupostos básicos: (a) a concepção de que o conhecimento linguístico do falante emerge a partir de eventos de uso, ou seja, a partir da experiência que o falante tem com a linguagem; e (b) a prerrogativa de que tal conhecimento se organiza a partir da aplicação, pelo usuário da língua, de processos cognitivos de domínio geral, não exclusivamente linguísticos, como por exemplo, os defendidos por Langacker (1987) e Bybee (2010), a saber, rotinização cognitiva, esquematização, categorização, analogia, abstração, associação, armazenagem mnemônica rica. Sugerida por abordagens construcionistas baseadas no uso, ressalta, ao mesmo tempo, a não previsibilidade do signo linguístico, bem como sua não arbitrariedade, da mesma forma que focaliza a relação entre construções na língua, por meio de um modelo de rede, em que diversas construções mantém algum tipo de relação entre si. São apresentados, também em linhas gerais, alguns conceitos básicos sobre a EI, importantes para a perspectiva construcionista empreendida neste trabalho

Estrutura da informação em GCBU
No original: PRAGMATIC PRESSUPPOSITION
No original: PRAGMATIC ASSERTION
Aspectos metodológicos
Estrutura da informação e GCBU: um estudo das construções pseudoclivadas
Descrição da construção pseudoclivada
Motivação da construção pseudoclivada
Implicações tipológicas da estrutura da informação em GCBU
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