Abstract

O presente trabalho teve os objetivos de agrupar informações sobre a estrutura arbórea da floresta altomontana da Serra do Mar paranaense e de compará-las com as de florestas altomontanas de outras serras do Sul e Sudeste do Brasil. Foram realizados levantamentos fitossociológicos em diversas montanhas de quatro importantes serras (ou subserras) do Paraná. Nas quatro subserras foram amostrados 2294 indivíduos (PAP > 10 cm) pertencentes a 28 famílias, 43 gêneros e 78 espécies. Foi observada maior riqueza de espécies na amostragem da Serra Gigante (41 espécies), seguida pelas serras da Prata (37), da Igreja (34) e do Ibitiraquire (26). A altura média obtida para os indivíduos foi de 4,8 m, o PAP médio de 22,9 cm, a densidade média de 4779 ind/ha, a área basal média de 33,5 m²/ha e o índice de diversidade de Shannon total de 2,68 nat/ind. Agrupando informações de estudos realizados em outras subserras paranaenses, totalizando 11 levantamentos e 204 parcelas (10200 m²), obteve-se uma matriz com 75 espécies determinadas, onde as cinco com maior porcentagem de importância estrutural foram Ilex microdonta, Siphoneugena reitzii, Drimys angustifolia, Ocotea porosa e Ilex chamaedrifolia. Os trechos amostrados na Serra do Mar do Paraná, apresentaram menor riqueza e diversidade que os da Serra da Mantiqueira (MG) e maior que os dos Aparados da Serra Geral (SC). Tais diferenças, possivelmente, estão relacionadas às influências antrópicas, das distâncias geográficas, dos diferentes centros de endemismo, dos entornos tropicais ou subtropicais dominantes, das feições geomorfológicas, entre outros fatores.

Highlights

  • ABSTRACT (Tree component structure of tropical upper montane rain forests in Southern Brazil)

  • Inúmeras funcionalidades e serviços ambientais/ecossistêmicos das florestas altomontanas têm sido frequentemente expostas na literatura já há algum tempo (Stadmuller 1987, Bruijnzeel & Proctor 1995, Hamilton et al 1995, Bruijnzeel 2000, Becker et al 2006, Martínez et al 2009, Scheer 2010)

  • Os sítios dos Aparados da Serra Geral e os da Serra Mantiqueira não foram incluídos na análise de componentes principais (ACP), pois as densidades das espécies não atenderam requisitos de normalidade, mesmo após a transformação os dados

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Summary

Áreas de estudo

No Paraná, a Floresta Ombrófila Densa cobre a maior extensão das montanhas da Serra do Mar, atingindo, a formação altomontana, as porções mais elevadas das encostas, geralmente entre 1200 e 1800 m s.n.m. Em alguns trechos, a oeste, ocorre o ecótono entre esta e a Floresta Ombrófila Mista Montana, a aproximadamente 1100 m s.n.m., com ocorrência de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. O presente estudo foi realizado em quatro subserras pertencentes ao Complexo Serra do Mar no Paraná, localizadas nas coordenadas 26o00’ S e 49o30’ W e 25o00’ S e 48o00’ W, denominadas regionalmente de: Serra do Ibitiraquire, Serra da Igreja, Serra da Prata e Serra Gigante (Fig. 1). Nas Serras da Igreja (1310 m s.n.m.) e da Prata (1400 m s.n.m.) foram amostradas florestas sobre Gleissolos Háplicos, e na Serra Gigante (1000 m s.n.m.) Neossolos Litólicos e Cambissolos Húmicos

Levantamentos fitossociológicos e análises dos dados
Estrutura horizontal da FODAM na Serra da Prata
Estrutura horizontal da FODAM na Serra do Ibitiraquire
Estrutura horizontal da FODAM na Serra da Igreja
Estrutura horizontal da FODAM na Serra Gigante
Comparações com outras serras do Sul e Sudeste brasileiro
Serra do Mar
Findings
Referências Bibliográficas
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