Abstract

A doença renal crônica (DRC) é caracterizada por lesões estruturais irreversíveis, que podem evoluir progressivamente para uremia e insuficiência renal crônica (IRC). Na IRC ocorre a incapacidade de executar adequadamente as funções de manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base, excreção de catabólitos e regulação hormonal. Quando se analisa o mecanismo fisiopatológico dos transtornos renais, observa-se que fatores presentes, predispõem ao desequilíbrio oxidativo. Na maioria das vezes, o paciente renal apresenta-se mal nutrido, com carência em reservas de vitaminas e minerais, o que diminui os mecanismos de defesa antioxidantes e favorece a instalação do estresse oxidativo renal, com a formação de espécies reativas do metabolismo do oxigênio (ERMO), substâncias estas potencialmente lesivas ao organismo. A redução da taxa de filtração glomerular (TFG) na evolução da DRC em cães e gatos é um componente para a instalação do estresse oxidativo renal. As ERMO possuem ação importante nos rins são altamente reativas e quando presentes em excesso danificam lipídios, proteínas, DNA e carboidratos, conduzindo anormalidades funcionais e estruturais que induzem a apoptose celular e necrose. Contra a ação potencialmente lesiva destas substâncias reativas, torna-se fundamental um delicado controle de sua produção e consumo no meio intracelular, ou seja, um equilíbrio de sua concentração intra e extracelular. Isto é possível devido à atividade dos antioxidantes. Assim, a presente revisão de literatura teve como objetivo descrever a participação do estresse oxidativo na IRC, como também os mecanismos de defesa frente à ação lesiva dessas substâncias.

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