Abstract
O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma estratificação ambiental consistente, para a recomendação e a avaliação de linhagens experimentais e cultivares de soja na região do Cerrado, a partir de análises da interação entre genótipos e ambientes (GxA) quanto à produtividade de grãos, além de avaliar a atual rede de ensaios de valor de cultivo e uso (VCU) para sua otimização. Os dados provieram de 559 ensaios de competição de linhagens de soja, realizados em 57 localidades, durante sete safras agrícolas (2002/2003 a 2008/2009). Realizaram-se análises conjuntas de variância, pelo modelo AMMI ("additive main effects and multiplicative interaction"), e de estratificação ambiental, pela abordagem correlata de "genótipos vencedores". A interação GxA foi sempre significativa, como resultado da resposta diferencial dos genótipos à variação ambiental. Os locais de teste se agruparam de modo diferente de acordo com os grupos de maturação. Observou-se redundância em 20% dos locais, o que indica a possibilidade de otimização da rede de ensaios, via eliminação ou substituição dessas localidades. A região-alvo deve receber estratificações distintas, congêneres a cada grupo de maturação, e pode ser dividida em 22 (ciclo precoce), 23 (ciclo médio) e 21 (ciclo tardio) estratos ambientais.
Highlights
No Brasil, a soja é amplamente cultivada, com grande variação nas condições de cultivo, que incluem diferenças quanto às características de solo, temperatura, fotoperíodo e pluviosidade
Essa rede deve ser cuidadosamente planejada, para melhor representar a região de cultivo e evitar a avaliação genotípica em locais redundantes
Merece ser ressaltada a estratificação estabelecida por Pacheco (2004), reportada em Pacheco et al (2009), na qual foi utilizada uma base de dados semelhante à empregada no presente trabalho
Summary
Utilizaram-se linhagens de diferentes grupos de maturação denominados de ciclos precoce (P), médio (M) e tardio (T), além dos grupos comerciais de soja convencional (CV) e soja transgênica (RR) resistente ao herbicida glifosato. As respostas desses genótipos quanto à produtividade de grãos (kg ha-1), nos diferentes locais e anos, serviram como base para a estratificação e o planejamento da rede experimental. As médias foram submetidas à análise conjunta dos ensaios, dentro de anos, tendo-se incluído todos os locais para cada conjunto experimental. A partir disso, o padrão de desempenho dos genótipos nos ambientes foi graficamente representado em biplots AMMI, conforme abordagem de estratificação ambiental conhecida por “genótipos vencedores” (Gauch Junior & Zobel, 1997). Número de linhagens e genótipos de soja avaliados em cada conjunto experimental em sete anos agrícolas (safras). Quando conjuntos experimentais diferentes são incluídos na análise, com dois ou mais anos, a estratificação final requer a combinação dos resultados parciais obtidos em cada conjunto. Para identificar grupos de localidades com padrão de agrupamento consistente, ao longo dos anos, cada par de locais foi avaliado separadamente.
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