Abstract

O conhecimento dos fatores ou situações que influenciam a transmissão vertical (TV) do vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) levou à adoção de estratégias com redução de taxas ao longo dos anos: de 40% para menos de 3% na atualidade. Um dos maiores avanços foi o uso profilático da zidovudina (AZT), administrada durante o pré-natal (via oral), no período anteparto (via endovenosa) e ao recém-nascido (via oral). Esta intervenção reduz a TV do HIV-1 em 68%, fazendo com que seja considerada a estratégia isolada de maior efetividade. Na seqüência cronológica dos avanços, observou-se que a carga viral elevada é o principal indicador do risco para esta forma de transmissão. Como o AZT não reduz a carga viral e não consegue controlar a taxa residual observada na TV do HIV-1, a utilização dos esquemas profiláticos utilizando três anti-retrovirais foi objetivamente impulsionada. Completando o ciclo das estratégias obstétricas de maior impacto na redução da TV do HIV-1 está a cesárea eletiva, cuja efetividade está ligada à observação dos critérios de sua indicação: carga viral aferida após a 34ª semana de gravidez apresentando contagem maior que 1000 cópias/ml, gestação com mais de 38 semanas confirmada por ultra-sonografia, membranas corioamnióticas íntegras e fora de trabalho de parto. Nos casos em que a via de parto tem indicação obstétrica, deve ser lembrado que a corioamniorrexe prolongada, manobras invasivas sobre o feto, parto instrumentalizado e a episiotomia são situações que devem ser evitadas. Das intervenções pós-natais consideradas importantes para a redução da TV do HIV-1 são apontadas a recepção pediátrica (deve ser efetivada por profissional treinado evitando microtraumatismos de mucosa nas manobras aspirativas), utilização do AZT neonatal (por período de seis semanas) e a amamentação artificial. Especial atenção deve ser dispensada às orientações para as nutrizes para evitar a infecção aguda pelo HIV-1 neste período, o que aumenta sobremaneira as taxas de TV desse vírus.

Highlights

  • Knowledge about the factors or situations that influence the vertical transmission (VT) of human immunodeficiency type 1 (HIV-1) has led to the implementation of strategies which have promoted a rate decline along the years, from 40% to less than 3% nowadays

  • Nas duas situações é imperativo orientar o afastamento dessas situações de risco, evitando a reexposição ao vírus e a fase aguda da infecção durante a gravidez ou no período de amamentação

  • Tumores hepáticos malignos

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Summary

Controle dos fatores maternos

A estratégia mais eficiente (não única) para reduzir a TV do HIV-1 é a redução da carga viral. Potencialmente, a gestante pode apresentar todos os efeitos colaterais que já foram observados em adultos, como também, as alterações mitocondriais, lipoatrofia e acidose láctica observadas com uso também dos inibidores da transcriptase reversa[27]. Visão objetiva sobre a utilização de anti-retrovirais durante a gravidez aponta para a importância da vigilância constante sobre a ocorrência dos efeitos colaterais, mas estes são claramente compensados pelos efeitos positivos na redução da TV do HIV-128. Até novembro de 2005, as orientações da Coordenação do Programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde do Brasil (constantes na maioria dos protocolos assistenciais do país) indicavam que, para gestantes assintomáticas e com carga viral inferior a 10.000 cópias/ mL, indicava-se apenas profilaxia da TV do HIV-1 com AZT (600 mg/dia via oral, divididas em duas ou três tomadas). Quadro 1 - Agentes antiretrovirais utilizados no tratamento da infecção pelo HIV-1

Passagem pela
Adenomas de fígado em ratos
Não foi feito
Controle dos fatores obstétricos
Peso da gestante
Controle dos fatores anexiais
Controle dos fatores fetais
Findings
Controle dos fatores virais
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