Abstract

O fato de o português brasileiro (PB) não ser uma língua pro-drop canônica é frequentemente associado ao enfraquecimento de seu sistema de concordância verbal. Entretanto, à parte a concordância associada ao pronome tu, PB padrão e português europeu padrão exibem o mesmo paradigma de concordância verbal. Neste artigo, argumento que essa discrepância encontra explicação nas especificações dos morfemas de concordância do PB. Mais especificamente, defendo que seus pronomes nominativos são maximamente subespecificados (NUNES, 2019) e isso se reflete nos traços-f que T pode portar (FERREIRA, 2000; NUNES, 2008) e em sua valoração via concordância. Assumindo que sujeitos nulos pronominais resultam de uma operação de elipse licenciada quando T tem seu traço-f mais proeminente valorado (MARTINS; NUNES, a sair), explica-se a gradação da aceitabilidade de sujeitos pronominais nulos em PB a depender do pronome elidido, bem como a correlação inversa entre possibilidade de sujeito nulo e possibilidade de hiperalçamento (NUNES, 2015).

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call