Abstract

A vegetação nativa do Estado de São Paulo está representada, principalmente, por pequenos e isolados fragmentos, como os que ocorrem em várias Estações Experimentais da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. Com base nas exsicatas do acervo do Herbário do Instituto Agronômico de Campinas, elaborou‑se a listagem da flora vascular desses remanescentes em 21 Estações Experimentais. Predominam remanescentes de Mata Atlântica, mas três unidades possuem também fragmentos de Cerrado, e apenas duas não têm nenhum registro de espécies no acervo. Foram encontrados 2.457 materiais distribuídos em 120 famílias, 493 gêneros e 947 espécies. As famílias mais ricas foram Fabaceae, Asteraceae e Rubiaceae, observando‑se duas espécies ameaçadas de extinção, táxons com potencial medicinal, ornamental e/ou alimentício e espécies não citadas para o Estado de São Paulo na Lista de Espécies da Flora do Brasil. Os resultados indicam a necessidade de regularização das áreas de reserva legal e de preservação permanente, e a necessidade de aumentar os mecanismos de proteção dos remanescentes e seu rico patrimônio genético.

Highlights

  • ABSTRACT - (Species of native flora of the remnants from Experimental Stations of Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Instituto Agronômico de Campinas, São Paulo State, Brazil)

  • As famílias mais ricas foram Fabaceae, Asteraceae e Rubiaceae, observando‐se duas espécies ameaçadas de extinção, táxons com potencial medicinal, ornamental e/ou alimentício e espécies não citadas para o Estado de São Paulo na Lista de Espécies da Flora do Brasil

  • Florística dos componentes arbóreo e arbustivo de um trecho da Floresta Estacional Semidecídua Montana, município de Pedreira, estado de São Paulo

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Summary

Material e métodos

As Estações Experimentais do Instituto Agrômico de Campinas - No contexto da expansão da cafeicultura no Estado de São Paulo, em 1887, Dom Pedro II fundou a Imperial Estação Agronômica de Campinas, que adquiriu maior relevância científica a partir de 1920, já então como Instituto Agronômico (IAC). Em 2002, foi criada a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) com o objetivo de reorganizar os Institutos de Pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e a maioria das EEx do IAC foram transformadas em Pólos Regionais de Desenvolvimento. Considerando‐se a ocorrência de aproximadamente 7.500 espécies de fanerógamas no Estado de São Paulo (Wanderley et al 2012), a quantidade de espécies encontradas nas EEx da APTA/IAC representa 12% dessa estimativa. Na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS) constam 71 espécies, das quais pelo menos 14 (aproximadamente 20%) podem ser encontradas nos remanescentes de vegetação nativa da APTA/IAC. Estações Experimentais da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)/Instituto Agronômico de Campinas(IAC), Estado de São Paulo, Brasil. Brej: brejo; Camp: campo; CAlt: campo altimontano; Cerr: cerrado; FESD: floresta estacional semidecídua; FHig: floresta higrófila; FODe: floresta ombrófila densa; MCil: mata ciliar; MSec: mata secundária; Varz: várzea

Adamantina Assis
Schinus terebinthifolius Raddi *
Monstera adansonii Schott *
Baccharis rivularis Gardner *
Estação Experimental Camp
Estação Experimental Itar Ubat Ubat PAçu Ubat
Itar MASu
Ubat MASu
Votu Itar Camp
Machaerium brasiliense Vogel *
Lacistemataceae Lacistema hasslerianum Chodat
Itar Camp MASu
Itar Ubat MASu
Mayacaceae Mayaca sellowiana Kunth
Ubat PAçu
Itar Ubat PAçu Ubat
Camp Jund
Piper mollicomum Kunth *
Ubat PAçu Camp
Coccocypselum hasslerianum Chodat
Palicourea rigida Kunth
Estação Experimental Pind
Camp Camp PAçu
PAçu RPret
PAçu PAçu PAçu
MASu Jund Votu Votu Pind PAçu Ubat MASu
Literatura citada
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