Abstract

Esta investigação pretende compreender como se processoua recepção de Esopo na Literatura Portuguesa, da Idade Média àcontemporaneidade, analisando a relação entre o gênero fabulístico e aliteratura infantojuvenil e para adultos. Partindo de um corpus de fábulasesopianas e, dentro dele, de uma fábula específica, este trabalho analisará ascaracterísticas que permitirão demonstrar a alteração, ao longo do tempo, dotipo de público-alvo e do objetivo edificante das obras em estudo. Observarse-á, assim, que a fábula, em Portugal, passou de um gênero de literaturapara adultos para um típico da literatura infantojuvenil, registando-se,atualmente, alguma tendência para o regresso às origens a este nível.

Highlights

  • This research aims to understand how Aesop’s reception in Portuguese Literature from the Middle Ages to contemporaneity was made, analysing the relationship between the fable and literature for adults and for children/youth. In this context, starting from a corpus of fables and looking to a specific Aesop fable, we will analyse characteristics that will help to demonstrate how the target audience and the moralizing purpose of the fables changed over time

  • It will be observed that the fable, in Portugal, has gone from a genre of adult literature to a typical genre of

  • The literature for childhood and youth, and there is some tendency to return to the origins at this level

Read more

Summary

Introdução

A primeira obra portuguesa sobre Esopo remonta a uma tradução medieval. E nos séculos seguintes, à exceção do século XVI, editaramse coletâneas exclusivamente de Esopo, outras que o têm por base e fábulas esopianas isoladas. A partir de características das obras do corpus investigado (como os paratextos) e da análise do epimítio de uma fábula, procuraremos identificar se o público-alvo dos autores/tradutores se confirma, de acordo com as características evidenciadas, e qual objetivo eles teriam em mente, no sentido de entrever se houve variações ao longo dos séculos. O corpus foi primeiramente constituído por coletâneas de fábulas de Esopo, desde a primeira conhecida em Portugal até as mais atuais:. Nesses fabulários procurou-se encontrar um denominador comum – uma fábula – para avaliar a conveniência de integrar mais obras no corpus, tendo sido possível encontrar apenas uma – “O Leão e o Rato” –, razão que nos levou a estudá-la. Essa fábula só não surge na obra de Pereira (integra-a na sua coletânea de Fedro)[2], pelo que, para o século XIX, optámos por integrar no corpus outras obras onde ela aparece:.

A fábula: considerações teóricas
A fábula e a literatura para a infância em Portugal
Esopo em Portugal
Conclusão
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call