Esophageal cancer is common among men in Brazil

Abstract

O câncer de esôfago é comum entre homens no Brasil, em especial o carcinoma de células escamosas. O etilismo e o tabagismo são fatores de risco associados. Outros fatores incluem síndrome de Barret, nitrosaminas, acalasia, síndrome de Plummer-Vinson e Helicobacter pylori. O diagnóstico tardio e o tipo histológico contribuem para o aumento da agressividade e reduzem a sobrevida dos pacientes. O presente trabalho teve como objetivo estudar a incidência e os fatores de risco do câncer de esôfago no Brasil para estratégias preventivas e terapêuticas. Trata-se de um estudo transversal com dados do DATASUS e do IBGE de 2019. Foram analisadas internações por câncer de esôfago de 2008 a 2021 em estados brasileiros, e coletados dados sobre o consumo de álcool e tabaco por regiões. As análises estatísticas incluíram taxas estimadas, regressão linear e diagramas de dispersão. Foram consideradas 219.579 internações por câncer esofágico. Foi observado um aumento na incidência após 40 anos, com pico entre 50 e 69 anos. Detectamos um maior número de casos nos indivíduos brancos, seguidos pelos pardos, pretos, amarelos e indígenas. Ademais, foi identificado mais internações de pessoas do sexo masculino. O Sudeste obteve mais internações, seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. O Rio Grande do Sul registrou a maior taxa, já o Pará registrou a menor. Conclui-se que no presente estudo ficou evidente como fatores de risco o tabaco e o álcool, sendo, portanto, essencial e urgente um maior controle desses hábitos para a prevenção dessa doença. É fundamental a compreensão de fatores demográficos e regionais para auxiliar na realização de programas de detecção precoce e consequente adoção de tratamentos eficazes. Além disso, políticas de saúde regionais pautadas na mudança de hábitos são imprescindíveis para reduzir a incidência e melhorar os desfechos do câncer de esôfago.