Abstract

As palavras de um texto não se encontram pré-determinadas. Quem escreve realiza escolhas entre as possibilidades disponibilizadas pela língua. O desenvolvimento linguístico traz consigo o alargamento de recursos lexicais, sintáticos, semânticos e textuais. Esse desenvolvimento traça um caminho mais direto para o texto ou ativa em maior grau a consideração de escolhas e decisões por parte do sujeito, enquanto escreve? O presente estudo analisou a evolução das componentes de formulação e reformulação no processo de escrita de alunos do ensino básico português. Os dados provêm da interação entre alunos de diferentes anos (do 2º ao 8º), organizados em pequenos grupos, para escreverem um texto colaborativamente. A análise incidiu sobre as operações de formulação/reformulação realizadas. Os resultados mostram um alargamento das possibilidades consideradas, ao longo do processo de construção do texto, dos anos iniciais para os anos mais avançados. Esse movimento alerta para a necessidade de reforçar a capacidade de reescrita e reformulação na aprendizagem da escrita.

Highlights

  • RESUMO As palavras de um texto não se encontram pré-determinadas

  • Mostram-se também significativos e relevantes os valores proporcionais pelo que revelam da força assumida pela componente de reformulação: no caso da proporção em relação ao total de palavras geradas, existe uma progressão decrescente e, no oitavo ano, apenas 13,6% das palavras consideradas para a construção textual foram geradas nas propostas de base; de modo paralelo, em relação às palavras presentes no texto final, existe também uma progressão decrescente que leva a que, no oitavo ano de escolaridade, apenas 15% das palavras do texto tenham sido geradas em propostas de base, tendo a restante proporção (85%) sido gerada por ação das propostas de reformulação

  • A dynamic view of choice in writing: Composition as text evolution

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Summary

Luís Barbeiro iD

Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Instituto Politécnico de Leiria, Leiria, Portugal. Quem escreve realiza escolhas entre as possibilidades disponibilizadas pela língua. Esse desenvolvimento traça um caminho mais direto para o texto ou ativa em maior grau a consideração de escolhas e decisões por parte do sujeito, enquanto escreve? O presente estudo analisou a evolução das componentes de formulação e reformulação no processo de escrita de alunos do ensino básico português. Os dados provêm da interação entre alunos de diferentes anos (do 2o ao 8o), organizados em pequenos grupos, para escreverem um texto colaborativamente. A análise incidiu sobre as operações de formulação/reformulação realizadas. Os resultados mostram um alargamento das possibilidades consideradas, ao longo do processo de construção do texto, dos anos iniciais para os anos mais avançados. Esse movimento alerta para a necessidade de reforçar a capacidade de reescrita e reformulação na aprendizagem da escrita.

Média Pb
Findings
Considerações finais
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