Abstract

O objetivo é pensar que a interculturalidade, enquanto mecanismo entre diferentes culturas, tornou-se uma perspectiva de se pensar a educação na sua globalidade. A perspectiva da interculturalidade contraria o discurso etnocêntrico, evidenciando as contradições nas práticas curriculares explícitas e implícitas, operando uma “rachadura” no sistema escolar e educacional, levando os/as profissionais que nele estão envolvidos/as a uma reflexão que propõe à necessidade de mudança e de desconstrução. Cabe-nos reconhecer que a complexidade dos enunciados denuncia a necessidade do enfrentamento das relações dominantes de poder na escola, visando torná-la um lugar de encontro, de aproximação e de articulação das diferenças, a partir da incorporação das relações interculturais e da promoção do diálogo entre os padrões culturais existentes e suas múltiplas significações. Torna-se um desafio à construção de uma nova relação com o currículo entendido como processo de construção social.

Highlights

  • A lógica de mercado, entendida como uma nova ditadura de organização social, tem promovido o alargamento da exclusão de povos dos continentes, geralmente aqueles que pouco dominam os códigos da modernidade e, portanto, estão à margem da competitividade e do poder de consumo

  • The intercultural perspective contradicts the ethnocentric discourse, evidencing the contradictions in explicit and implicit curricular practices, operating a "crack" in the school and educational system, leading the professionals who are involved in it to a reflection that proposes the need for change and deconstruction

  • We must acknowledge that the complexity of the statements denounces the need to confront the dominant power relations in school, aiming to make it a place for meeting, approaching and articulating differences, starting with the incorporation of intercultural relations and the promotion of dialogue between existing cultural standards and their multiple meanings

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Summary

Introduction

A lógica de mercado, entendida como uma nova ditadura de organização social, tem promovido o alargamento da exclusão de povos dos continentes, geralmente aqueles que pouco dominam os códigos da modernidade e, portanto, estão à margem da competitividade e do poder de consumo. Pensando nessa necessidade da desconstrução de modelos unívocos de educação, bem como da revisão de posturas e experiências didático-pedagógicas homogeneizantes e binárias, Fleuri e Souza (2003) apontam para a existência de um entrelugar, que caracterizaria uma fronteira entre culturas diferentes que, a partir de suas complexas e diferentes experiências de aprendizagem, pudessem buscar a construção de novas perspectivas educacionais, através de relações interculturais.

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