Abstract

Neste artigo, apresentamos algumas reflexões no intuito de situar o movimento histórico, dialético, material e contraditório de Escolas do Campo, localizadas na cidade, bem como retomamos o debate sobre a centralidade da escola pública como um espaço fundamental de lutas da Educação do Campo. Como problema de pesquisa questionamos os sentidos atribuídos pelos sujeitos do Colégio Estadual do Campo de Botuporã (CECB) à sua nova denominação enquanto Escola do Campo. O objetivo geral visa a compreender os sentidos atribuídos pelos sujeitos do CECB à Escola do Campo. Já o arcabouço teórico e os dados empíricos foram construídos no decorrer da pesquisa de Amaral (2023), defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Ensino, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Trata-se de uma pesquisa participante, de abordagem qualitativa, cujo método recorreu ao Materialismo Histórico Dialético e a produção de dados às técnicas de rodas de conversa e entrevista semi-estruturada para ouvir os 24 participantes da pesquisa. Os dados produzidos foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Os resultados evidenciaram que os estudantes e os profissionais participantes da investigação reconhecem, de forma positiva, a nova denominação da escola, no entanto, não veem sentido na mudança apenas do nome, uma vez que as práticas educativas da referida instituição ainda não foram modificadas e não estão convergentes com os princípios da Educação do Campo, ou mesmo com os interesses dos sujeitos campesinos de Botuporã. Logo, apesar do novo nome, o CECB, continua sendo uma escola urbana.

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