Abstract
Neste trabalho, revisamos os principais aspectos ligados à mastite causada por coliformes, mais especificamente a Escherichia coli, com enfoque principal nos fatores de risco associados ao animal, bem como na utilização da vacina Escherichia coli J5 na imunização de fêmeas bovinas leiteiras. Os coliformes estão amplamente distribuídos no ambiente, assumindo especial importância em sistemas de criação em que a busca pela qualidade do leite mantém a contagem de células somáticas (CCS) em níveis inferiores a 150000 células ml-1. Nesse contexto, o período seco representa um momento de extrema importância na definição da ausência ou não de um quadro de mastite, decorrente da ação de patógenos ambientais no pós-parto imediato. A terapia para vacas secas frente a infecções por germes ambientais perde eficácia, sendo necessária a associação a outros métodos, como, por exemplo, a vacinação com Escherichia coli J5. A cepa J5, por possuir um antígeno nuclear relativamente exposto, é capaz de estimular a produção de imunoglobulinas que apresentam reação cruzada com antígenos nucleares de outras bactérias, resultando em uma imunidade contra uma variedade de gêneros e cepas bacterianas. Estudos demonstram que a vacinação com Escherichia coli J5 é capaz de reduzir a ocorrência, intensidade e duração de casos clínicos de mastite por Escherichia coli, sendo também observada uma maior produção de leite nos animais vacinados. Entretanto, ainda é controverso seu papel na redução da CCS.
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