Abstract

Resumo Esta investigação teve como objetivo o estudo das propriedades psicométricas e posterior validação da Escala de Motivação Académica proposta por Guimarães e Bzuneck (2008), em Portugal, através da utilização de duas amostras, a Amostra A constituída por 568 estudantes do ensino superior público e a Amostra B constituída por 589 estudantes igualmente do ensino superior publico, com uma abrangência nacional. Para tratamento dos dados foram utilizados os softwares SPSS 25 e AMOS 25. Foram conduzidas duas análises fatoriais confirmatórias em cada amostra e uma análise de grupos múltiplos, sendo que os resultados apontaram para a validade da escala reespecificada na avaliação da motivação no ensino superior e sua robustez, com destaque para correlações elevadas entre as dimensões Motivação Extrínseca por Regulação Integrada e Motivação Intrínseca, Motivação Extrínseca, por Regulação Integrada e Motivação Extrínseca por Regulação Introjetada e por Motivação Extrínseca por Regulação Externa e Desmotivação. Por outro lado, verificou-se que o modelo de escala proposto é invariante.

Highlights

  • This research aimed to study the psychometric properties and subsequent validation of the Academic Motivation Scale proposed by Guimarães and Bzuneck (2008), in Portugal using two samples, the sample A constituted by 568 students of public higher education and the sample B constituted by 589 public higher education students, with a national scope

  • Associado ao estudo da motivação têm vindo a ser desenvolvidas várias escalas de avaliação da motivação no ensino superior dada a sua importância no contexto educacional, com destaque para Boruchovitch (2008); Davoglio, Santos e Lettnin (2016); Leal, Miranda e Carmo (2013); Martinelli e Bartholomeu (2007); Núñez e León (2018); Ramos (2013); Reboredo e Monteiro (2015); Rodrigues e Joly (2011) e Sobral (2003)

  • Verificamos que o item 27 apresentou a maior média em ambas as amostras, seguido do item 26

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Teoria da Autodeterminação

A Teoria da Autodeterminação foi desenvolvida em 1981 por Ryan e Deci com vista à perceção da qualidade e quantidade/intensidade da motivação, entendida como a energia, direção e persistência, como forma de alcançar o bem-estar psicológico a partir da autodeterminação (Deci & Ryan, 1985; Menard, Bott, & Crossler, 2017). Esta implica a realização de uma atividade que não está de acordo com os valores individuais do indivíduo (Deci & Gagné, 2005; Gustafsson, Carlin, Podlog, Stenling, & Lindwall, 2018; Vanhalst, Luyckx, Petegem, & Soenens, 2018), ocorrendo quando o indivíduo adota padrões de autoestima e de aprovação social que não se identifica totalmente (Deci & Gagné, 2005; Gustafsson et al, 2018). A motivação extrínseca inclui ainda a regulação integrada que pressupõe que embora o indivíduo se identifique com o valor da atividade, esta não possui significado para si, pelo que este age de acordo com o que alcançará com essa ação (Núñez & León, 2018; Sebire et al, 2018)

Escala de Motivação Académica
Descrição das amostras
Desvio Padrão
Média Desvio Média Desvio
Análise fatorial confirmatória
Alfa de Cronbach
Cálculo da diferença entre as
Índice de adequação global do modelo
Parâmetros Estimados para o Modelo Final na Amostra A
SE p b
Parâmetros Estimados para o Modelo Final na Amostra B
Análise de grupos múltiplos
Discussão de Resultados
Considerações Finais
Material Suplementar
Findings
Total correspondência correspondência

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