Abstract

O objetivo deste trabalho foi comparar a biometria de frutos e sementes, a embebição e germinação de duas populações de Erythrina velutina coletadas na região semiárida do Estado de Pernambuco, nas áreas de caatinga (Alagoinha) e no brejo de altitude (Poção). Os frutos e as sementes foram avaliados quanto ao comprimento, largura, espessura (cm) e peso (g). Com relação às sementes, foram analisados o número por fruto, o volume (cm³) e a embebição, bem como a germinação com e sem escarificação mecânica, na presença constante de luz a 25 ºC. Os frutos e sementes do brejo apresentaram os valores assim discriminados: 9,65 x 1,57 x 1,22 cm, 1,43 g e 1,34 x 0,92 x 0,78 cm, 0,46 g; e na caatinga: 6,85 x 1,19 x 1,03 cm, 0,21 g e 1,06 x 0,63 x 0,63 cm e 0,26 g. O número de sementes e o volume no brejo e caatinga foram de 2,33 e 1,38 cm³ e 1,40 e 0,23 cm³, respectivamente. Todas as sementes escarificadas apresentaram maiores valores de embebição e porcentagem de germinação. Quanto à velocidade de germinação, foi maior na caatinga. Esses resultados indicam que as condições ambientais do brejo de altitude favorecem o desenvolvimento dos frutos e das sementes.

Highlights

  • The objective of this study was to compare the biometry of fruits and seeds, the imbibition and germination of two populations of Erythrina velutina collected in semi-arid region of Pernambuco state, in areas of caatinga (Alagoinha) and brejo de altitude (Poção)

  • Na região semiárida de Pernambuco, o bioma Caatinga apresenta maior extensão, com altitudes que variam de 400 a 700 m, e circunda os brejos de altitude ou matas serranas, os quais constituem disjunções da floresta tropical perenifólia, com altitudes de 600 a 1.100 m, ocorrendo nos topos e encostas superiores a barlavento das serras situadas no Planalto da Borborema (ANDRADE LIMA, 1966; RODAL et al, 1998) e apresentando algumas espécies com distribuição amazônica e outras típicas de florestas serranas do Sul e Sudeste do Brasil (TABARELLI; SANTOS, 2004)

  • Entretanto, as sementes pequenas apresentam facilidades para a dispersão pelo vento, além de possuírem a habilidade de germinar rápido em ambientes desfavoráveis (BARBOSA, 2003), podendo, ainda, formar banco de sementes no solo (THOMPSON et al, 2001) e ser consideradas como sementes de plantas pioneiras (SOUZA; VÁLIO, 2003)

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Summary

INTRODUÇÃO

Erythrina velutina é uma árvore de 8-12 m de altura, com flores vermelhas, fruto do tipo folículo, distribuída nas Américas Central e do Sul. Vários processos ecológicos são influenciados pelo tamanho dos frutos e das sementes, como germinação (COUVILLON, 2002) e dispersão (LORD; MARSHALL, 2001). Sementes grandes geralmente possuem melhor qualidade fisiológica, o que pode ser vantajoso em condições de sombreamento (WHITE; GONZÁLES, 1990), sendo relacionada com estágios sucessionais tardios (SOUZA; VÁLIO, 2003). A velocidade de embebição da água pela semente pode variar diante de alguns fatores, como: espécie, indivíduo parental, permeabilidade do tegumento, disponibilidade de água do substrato, temperatura, pressão hidrostática, área de contato semente/água, forças intermoleculares, composição química e condições fisiológicas (MAYER; POLJAKOFF-MAYBER, 1979; POPINIGIS, 1985). O objetivo deste trabalho foi estudar a biometria dos frutos e das sementes, a embebição e germinação das sementes de Erythrina velutina Willd., coletadas em duas áreas (caatinga e brejo de altitude) da região semiárida do Estado de Pernambuco

MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Findings
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