Abstract

Este artigo objetiva refletir sobre alguns erros na aquisição do léxico e da morfologia verbal na fala de uma criança brasileira, durante o processo de aquisição da linguagem. Para interpretá-los, o quadro teórico interacionista é convocado. São enfocados os diálogos em que a criança reformula o seu dizer a partir do efeito de estranhamento (ou surpresa) que o erro em sua fala produz na fala do outro. São analisadas as situações: a) em que ao reformular o seu dizer, a escuta da língua não é sinalizada na fala da criança e b) em que ao reformular o seu dizer, a escuta da língua é sinalizada na fala de M. Argumenta-se que esses fenômenos permitem ilustrar instâncias subjetivas que identificam a posição da criança na sua relação com a língua.

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