Abstract

Este texto fala sobre contramapear uma cidade. Caminhando, o errante urbano vive a experiência da percepção do espaço percorrido, enquanto cria a sua representação subjetiva. Errando, ele vai mergulhando e sentindo a cidade como parte inseparável do seu ser, em um ritual de exploração geográfico-afetiva de entrega ao por vir. Durante a grande festa de acolhida dos processos existenciais cotidianos, vai identificando e decodificando as percepções do caminho, em um movimento contínuo de composições de linguagem, enquanto inventa pontes para as diferentes expressões observadas: permeando-as, ele as des-fragmenta. A experiência existencial que acontece pela sucessão de encontros altera a percepção temporal-espacial: os processos de desmontagem, deslocamento e desnudamento dos elementos envolvidos sugerem diferentes valores e possibilidades das conexões entre eles. Simultaneamente, essas influências vão sendo assumidas em forma de representações cartográficas subjetivas pelo cartógrafo errante, que, assim, mostra outras maneiras de acolher e coexistir como espaço.Palavras-chave: contramapas, urbanismo contemporâneo, cartografia urbana, cidade e desconstrução.

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