Abstract

Neste artigo, procuramos fazer uma reflexão acerca dos desafios teórico-metodológicos imperativos para a concepção da educomunicação como uma epistemologia do Sul, com potência crítica e emancipatória. As epistemologias do Sul, com base em Sousa Santos (1994-2019) se utilizam dos seguintes procedimentos: sociologia das ausências, sociologia das emergências, ecologia de saberes e a tradução intercultural. As epistemologias do sul produzem ciência de forma contra hegemônica, apropriando-se de metodologias não extrativistas, pois objetivam promover a justiça cognitiva e a produção de conhecimento emancipatório que implica em um re\conhecimento do outro como sujeito (comunicativo).

Highlights

  • Nossa reflexão epistemológica se insere na ampla corrente de pensamento sobre a relação de codependência e de complementaridade entre a comunicação e a educação

  • In our article, we seek to reflect on the imperative theoretical-methodological challenges for the conception of educommunication as an epistemology of the South, with critical and emancipatory power

  • The epistemologies of the South produce counter-hegemonic science, appropriating non-extractive methodologies, because they aim at promoting cognitive justice and producing emancipatory knowledge that implies in an ac\knowledge of the other as a subject

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Summary

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Nossa reflexão epistemológica se insere na ampla corrente de pensamento sobre a relação de codependência e de complementaridade entre a comunicação e a educação. A educomunicação não se limita ao uso da tecnologia na educação, mas se amplia e se efetiva por meio de áreas de intervenção social: Gestão da Comunicação; Educação Crítica para a Mídia; Mediação Tecnológica; Expressão pelas Artes; Produção Comunicativa; Epistemologia da Educomunicação. Essa perspectiva é coerente com a proposta das Epistemologias do Sul de Boaventura Sousa Santos, que integra a corrente de pensamento descolonizador. Ampliaremos esse diálogo, incluindo autores e autoras contemporâneos ligados à área de interface entre a comunicação e a educação, identificada nesse estudo como educomunicação. Pretendemos manter, conforme sugere Santos, a vigilância epistemológica, por meio do “exercício de auto-reflexividade”, para pensar a educomunicação como uma Epistemologia do Sul. A principal questão que norteia nosso percurso reflexivo é: qual a contribuição da educomunicação no processo de renovação da teoria crítica e reinvenção da emancipação social?

TEORIA CRÍTICA E EMANCIPAÇÃO SOCIAL
POR QUE CONCEBER A EDUCOMUNICAÇÃO COMO UMA EPISTEMOLOGIA DO SUL?
Epistemologias do Sul: um conhecimento emancipatório
Descolonização metodológica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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