Abstract

<span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><p>Epilepsia é o transtorno cerebral caracterizado predominantemente pela interrupção da função cerebral <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">normal, recorrente e imprevisível, chamada de crise epiléptica. Trata-se de uma variedade de desordens re</span></p></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">fl</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">etindo a <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">disfunção cerebral de base, a qual pode ser resultante de diferentes etiologias </span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">1</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">. É uma das causas mais comuns de <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">transtornos cerebrais, afetando 50 milhões de pessoas em todo o mundo </span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">2</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">, e representa um ônus pessoal e social. Os perigos físicos decorrentes da imprevisibilidade das crises, a exclusão social, o estigma e os distúrbios psicológicos <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">associados são alguns fatores que podem banir os indivíduo com epilepsia do mercado de trabalho </span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">3</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">, e também <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">in</span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">fl</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">uenciar na capacidade laboral. Estudo brasileiro refere que 36% dos indivíduos com epilepsia estão licenciados <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">ou aposentados </span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">4</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">. Mas nem sempre a epilepsia é condição de incapacidade laborativa. A epilepsia é considerada como incapacitante quando uma ou mais atividades da vida são limitadas substancialmente, dentre elas o trabalho. O objetivo deste estudo foi analisar os principais fatores de absenteísmo ao trabalho de pessoas com epilepsia. <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">Como metodologia foi realizado levantamento bibliográ</span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">fi</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">co, sendo selecionadas as bases “PUBMED” e “BIREME”, que dão acesso às bases “LILACS”, “IBECS”, “MEDLINE”, “Biblioteca Cochrane” e “SciELO”, e análise dos dados do Ministério da Previdência Social (MPS). Os resultados da pesquisa mostraram que, aproximadamente, 35% da população epiléptica sofre algum tipo de limitação laboral pela epilepsia ou pelo estigma, sendo que no Brasil foram concedidos, pela Previdência Social (MPS), nos últimos cinco anos, 46.151 benefícios auxílio doença previdenciário (média de 9.230/ano) em decorrência de epilepsia. Alguns fatores interferem na capacidade laborativa, entre eles a frequência das crises que pode determinar queda de até 70% do resíduo laborativo, de acordo com os Baremos <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">Europeus. O tipo de crise também exerce in</span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">fl </span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">uência signi</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">fi</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">cativa, sendo as crises com perda da consciência as mais comprometedoras, com perda laborativa em torno de 30%. As manifestações adversas das drogas antiepilépticas também afetam na capacidade laborativa. Pessoas com epilepsia estão mais sujeitas ao desemprego, o dobro em comparação com pessoas sem epilepsia, mas não apresentam maior risco de acidente quando comparados aos <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">demais trabalhadores. Algumas pro</span></span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">fi</span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">ssões são inviáveis para trabalhadores com epilepsia, cabendo ao médico perito, tanto no exame médico-pericial admissional como na avaliação laborativa, considerar esta peculiaridade. A conclusão deste estudo é que a história médica associada ao exame neurológico e subsidiada por relatos do médico assistente, é a base para a conclusão médico-pericial, pois o simples relato de epilepsia não implica em incapacidade.</span></span>

Highlights

  • O diagnóstico é baseado em história médica, no eletroencefalograma (EEG), que mostra atividade epileptiforme na região temporal anterior, uni ou bilateralmente, e em exames de neuroimagem

  • Em estudo realizado no Reino Unido não se demonstrou que trabalhadores com epilepsia se afastam mais do trabalho por licença médica em comparação ao grupo controle[25]

  • The possibility of physical injuries due seizures, social exclusion, stigma, and psychological disorders are some factors that contribute to the compromised employment position of person with epilepsy; and their effects may be felt hard in areas or times of high unemployment

Read more

Summary

Etiologia da epilepsia

A epilepsia pode ser devida à lesão estrutural cerebral, sendo denominada de epilepsia sintomática. O diagnóstico é baseado em história médica (crises parciais, com ou sem perda da consciência, acompanhadas ou não de automatismos, sobretudo manuais ou oroalimentares), no eletroencefalograma (EEG), que mostra atividade epileptiforme na região temporal anterior, uni ou bilateralmente, e em exames de neuroimagem. Outra etiologia a ser analisada se refere à epilepsia idiopática, isto é, relacionada à causa genética, e, portanto, sem a presença de lesão estrutural Este grupo é representado na população adulta pela epilepsia mioclônica juvenil (EMJ), que é responsável por aproximadamente 4 a 12% de todas as epilepsias em pacientes adolescentes e adultos[11]. As crises podem ser do tipo ausência, tônicoclônica generalizada e mioclônica, e são facilmente controladas com medicação, com controle total das crises na grande maioria dos casos e, o que é muito importante, a dose da medicação utilizada em geral é baixa, reduzindo substancialmente os efeitos adversos provocados pela medicação. Existe um terceiro grupo denominado de provavelmente sintomático, ou criptogenético, que apesar de apresentar características sugestivas de ser sintomática, os exames de imagem não evidenciam anormalidades

Quanto ao tipo das crises epilépticas
Frequência e horário das crises
Tratamento medicamentoso
Tipo de atribuição laboral
Acidentes relacionados à epilepsia
Estigma e absenteísmo
Implicações da epilepsia na perícia médica
Findings
Principais barreiras da empregabilidade de pessoas com epilepsia
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call