Abstract

A atividade esportiva para os portadores de deficiência física (PPD) foi desenvolvida com o objetivo de ser recreativa e reabilitacional, entretanto, para alguns o esporte desperta uma vocação competitiva. Nesta situação, um número excessivo de treinamentos e competições pode levar a aumento no risco de lesões esportivas, que segundo a literatura é semelhante para atletas com ou sem deficiência. Objetivo: Identificar as lesões esportivas mais freqüentes nos atletas de basquetebol em cadeira de rodas. Casuística e método: Foi realizada entrevista dirigida com 26 atletas do sexo masculino de basquetebol em cadeira de rodas, com idade entre 18 a 47anos (média de 27 anos), que participaram de um campeonato de basquetebol em cadeira de rodas em 2003. Foram obtidas informações pessoais dos atletas, etiologia da deficiência física, quanto tempo que pratica o esporte, horas de treino por semana, queixa de dor e quantificação da mesma pela escala verbal analógica, histórico de lesões durante a prática esportiva e tempo de afastamento. Resultados: Dentre as deficiências físicas apresentadas pelos atletas a lesão medular correspondeu a 42%, seqüela de poliomielite a 31% e amputação de membros inferiores a 27%. O tempo em que praticavam o esporte variou de 2 meses a 13 anos, com média de 6.5 anos. A carga horária de treinamento foi em média 21horas de treino por semana. Nestes atletas observou-se queixa de dor em 54%, sendo em sua maioria em membros superiores (79%). De todos os atletas apenas 6 (23%) nunca tinham apresentado lesão durante jogo ou treinamento. Entre os 11 atletas lesados medulares, 3 (27%) apresentaram afastamento devido à úlcera de pressão (região isquiática, sacra e paravertebral). Dentre as lesões esportivas ocorridas temos que 75% delas foram de forma aguda e 25% por esforço repetitivo. Discussão: Na literatura há muitos estudos que evidenciam uma alta prevalência de acometimento muscular em atletas que competem em cadeira de rodas, acompanhado de queixa de dor na extremidade superior do corpo, principalmente no ombro. Contusões e entorses de metacarpos são as lesões agudas e tendinites as lesões por esforço repetitivo mais encontradas na literatura. Quando expressamos o tempo de afastamento das atividades esportivas temos na literatura que em 52% este ocorre por 7 dias ou menos, em 29% por 8 a 21 dias, e em 19% por período maior que 22 dias. Vários autores citaram úlcera de pressão como fator de afastamento das atividades esportivas variando de 14% a 20% entre os atletas com lesão medular. Nosso estudo evidenciou aspectos semelhantes.

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