Abstract

Neste artigo, propomos problematizar a memória dominante da bossa nova que a identifica como um rompimento com as linguagens do samba-canção, do bolero e do samba – este na forma como era tocado ao violão na época – como uma estética de ruptura que estabeleceu para a música popular brasileira um marco original e moderno. O novo da bossa nova merece ser repensado, pois, ao analisar a gênese do gênero e os aspectos musicais e de linguagem, é possível observar que, em parte, ele apenas reconfigurou ou deu nova plasticidade ao samba e ao samba-canção, permanecendo tributária e ligada dessas linhagens da canção. Os conceitos de memória coletiva, de M. Pollak, e de cultura como memória, de I. Lotman, são a base conceitual da argumentação.

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