Abstract

O romance Diário da queda, de Michel Laub, foi publicado em 2011 e narra a história de um homem de meia idade que rememora eventos do passado. A obra trata-se de um diálogo em três tempos: entre as memórias do narrador-personagem, do pai e do avô, sobrevivente de Auschwitz. O presente artigo tem como objetivos: a) apontar algumas vertentes da literatura brasileira contemporânea, dialogando com as considerações de Beatriz Resende (2008) e de Karl Eric Schøllhammer (2009); b) problematizar a proliferação das escritas de si na atualidade, partindo-se do conceito de Doubrovsky autoficção, formulado em 1977; c) analisar as relações ético-estéticas presentes na obra Diário da Queda, de Michel Laub, no que tange ao diálogo entre a herança do Genocídio Judeu e a construção do sujeito ficcional; d) discutir o conflito intergeracional presente na obra e suas repercussões na construção da identidade do narrador-personagem.

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