Abstract

The intention of the text that follows seeks to reflect on the self-explanatory desires of the artistic direction of the Brazilian film, recently made by Elizeu Ewald, Entre Macacos e anjos (2019) and the results obtained by his edited images, under the different optics, of the diegétic dialectic to the merely dramatic, in terms of common narrative, in challenging the viewer to demystify the kinetic text.

Highlights

  • The intention of the text that follows seeks to reflect on the self-explanatory desires of the artistic direction of the Brazilian film, recently made by Elizeu Ewald, Entre Macacos e anjos (2019) and the results obtained by his edited images, under the different optics, of the diegétic dialectic to the merely dramatic, in terms of common narrative, in challenging the viewer to demystify the kinetic text

  • Já quanto a essa análise de Entre Macacos e Anjos (2019), cuja dedicatória final da película se expressa via legenda “Aos que vieram antes...” voltamos a utilizar a moviola como tentativa de acompanhar-lhe roteiro e argumento

  • Observemos que o Max (Chico Expedito), cineasta neurologicamente enfermiço, consoante diagnosticado pelo médico neurologista, já vinha fazendo um filme, no qual pelo menos três episódios já tinham sido realizados ou filmados: 1o- aquela parte ou episódio cuja atriz tinha sido demitida ou abandonado as filmagens, tanto que chegará outra para substituí-la nesse episódio, retomando as filmagens ou re-filmando; 2o- um segundo episódio, segundo o qual Max tenta construir relativamente à estória das duas mulheres apaixonadas, entre si e tentando provar o amor de ambas a um mesmo homem, cuja estruturação vai inquietar tanto ao roteirista; e, 3o- o episódio da barbearia[11], espécie de satisfação social à temática socialista típica dos anos 60, destacada como a “última cena”, onde o espectador se apercebe de que Fausto é o verdadeiro fotógrafo do filme de Max, enquanto sua amante, Laura, se trata da figurinista da mesma película, afinal encerrada, para contentamento do diretor Max, agora curado, saneado pela lucidez e alegria, ironia da realização fílmica, a exemplo do final de Oito e Meio felliniano, onde e quando todos os atores e atrizes se envolvem no largo carrossel de alegria e divertimento feliz

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Summary

Introdução

O filme do cineasta Elizeu Ewald, Entre Macacos e Anjos (2019) trata de uma temática comum a grandes diretores clássicos como Federico Fellini (em especial, seu filme 8 e meio, 1958), Ingmar Bergman (em especial seu filme Rito, 1969, embora este filme bergmaniano discorra mais sobre o fazer teatral, o papel do artista na sociedade, que sobre o oficio do cinema), e muitos outros grandes: o oficio da realização de um filme, desde o trabalho do roteirista, passando pelo diretor da obra, o produtor, o cenógrafo e o fotógrafo, as relações concretas e imaginárias entre atrizes e atores, personagens e enredo, etc. No caso do protagonista do filme mencionado de Federico Fellini, o 8 1⁄2, a doença é de outra natureza e ordem: enquanto em Entre Macacos e Anjos, a diagnosticada doença do protagonista consiste numa ameaça de cegueira do diretor de cinema (fotofobia, como afirma o médico oftalmologista), na película fellinesca, a doença se relaciona com uma depressão, a tristeza e o desânimo do personagem central, ou seja, do diretor do filme (verdadeiro alter-ego do cineasta italiano, o qual, em 1959, já fizera ou realizara sete filmes e um episódio de outro, a justificar o título escolhido, oito e meio, para o filme aparentemente impossível de ser iniciado (e mais ainda concluído), apesar de tão cobrado por todos, semelhantemente ao retratado no filme brasileiro, ora comentado. Em se tratando de um cineasta, cujo instrumento de trabalho se alia, fundamentalmente, à criação de uma estética audiovisual

Desenvolvimento
Abordagem sociológica da arte
Tempos diversos do filme: análise da Diegese
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