Abstract

A escola atual não é outra que a produzida pela modernidade, sustentada em grande parte pelo pensamento cartesiano com suas promessas e parâmetros para resolver os problemas da humanidade, por meio da exploração da natureza. O pensamento moderno é linear, dicotômico e disjuntivo, no qual a relação entre o ser e pensar se apresenta na forma de sequências mais ou menos lógicas e hierarquizadas. A razão moderna é eurocêntrica, violenta, desenvolvimentista, hegemônica, tida por Dussel (2005) como uma máquina de devastação. Nos dias atuais, se associa a globalização neoliberal e sua consequente exacerbação do individualismo, que erode grupos sociais e concepções de mundo que não seguem o que indica esta racionalidade. Como consequência, os que labutam por uma escola que propicie à todos os benefícios do conhecimento se esbarram em normas e processos colonizadores. Assim, se o que se pretende é romper com o paradigma hegemônico que estrutura a escola atual, se faz necessário abraçar um processo de mudança difícil e lento, mais do que os projetos de reforma educativa postulam.

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