Abstract

Prédios abandonados, ao serem ocupados por movimentos de luta por moradia, passam a ser reivindicados como “casa” pelos seus ocupantes. No cotidiano, contudo, o usual é que as pessoas que habitam as ocupações declinem do termo “casa” e se refiram aos seus locais de moradia enquanto um “espaço”. O que sugiro neste artigo é que o uso deste termo pelos militantes não é aleatório, mas possui uma gramática e noções de temporalidade própria. Ademais, sugiro que estes “espaços”, reduto do cotidiano, são locais conformadores de experiencia e de novas sociabilidades que são caras à formação do movimento de moradia enquanto ator político. As reflexões apresentadas neste artigo são o resultado de dois anos de pesquisa etnográfica junto ao Movimento de Moradia da Região Centro (MMRC) e à Ocupação Mauá.

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