Abstract

Este artigo apresenta algumas importâncias atinentes ao museu identificado como espaço de produção de conhecimento permeado por narrativas, memórias e descobertas. Conta fragmentos de uma pesquisa de mestrado na qual experiências estéticas emergiram a partir de relações estabelecidas entre crianças, adultos, patrimônio e espaço social em visitas a instituições museais. Questiona possibilidades de conexões entre as instituições de ensino não formal e formal em reflexões constituídas com Benjamin (1994), em diálogo com crianças, poetas (Manoel de Barros), teóricos da infância, da educação (Leite 2008; Sarmento 2007; Ostetto 2006) e das questões museais como Chagas (2013, 2009). Dentre as considerações evidencia o olhar que se sensibiliza no encontro entre espectador e arte; e para a desconstrução/construção de recomendações na visita mediada aos espaços expositivos.

Highlights

  • This article presents some issues related to the museum identified as a space of knowledge production permeated by narratives, memories and discoveries

  • Tomo como referência Benjamin (1994) que, ao falar da arte de narrar, aponta que perdemos a capacidade de ouvir o outro, de comunicar nossas experiências, de apreciar as particularidades do olhar do outro pela sua narrativa

  • Palestra proferida na Faculdade de Educação da UFRGS em 13 de abril de 2007 – anotações pessoais

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Summary

Walter Benjamin

No desejo de aprofundar questões educativas atinentes ao museu de arte a partir do olhar da criança e da multiplicidade perceptiva de sua imaginação, apresento, aqui, fios entrelaçados de uma pesquisa[1] na qual crianças e eu, experimentamos maneiras distintas de olhar para a arte, para os museus de arte e seus serviços educativos. Olhares e diálogos foram estabelecidos em conversas com crianças nas quais registrei suas considerações, suas críticas, suas dúvidas e suas sugestões acerca de uma questão central: como elas imaginam e elaboram considerações referentes à arte e ao espaço museal a partir da visita ao museu. Assinalo que alimentar a imaginação da criança ao criar espaços de narrativa é uma forma de promover sentidos outros para além do que já. Assinalo os momentos em que conversei com as crianças acerca da arte, do museu de arte, das suas expectativas e imaginações, posto que percebi o quanto isso se tornou valioso para mim e também para elas e, portanto, me questiono sobre como estimular e intensificar a relação com a arte, com o museu, com a educação e com a vida desses meninos e meninas? E ainda a criança comentou que a arte é mais bonita quando a gente entende, e eu questionei: e quando não entende? – “Daí é de imaginar”

Expectativas no espaço museal e o possível despraticar das normas
Saberes impregnados de diálogos e percepções museais
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