Abstract

Este artigo resulta da reflexão sobre a construção da obra “(en)CANTO ESCONDIDO”, uma escultura/instalação que intervém in situ captando as relações dinâmicas entre materiais, paisagem e habitats de Coruche, em Portugal. O projeto apela às relações permeáveis entre natureza e cultura. O fluxo de presença/ausência dos animais que visitaram a escultura eram parte integrante da lógica da instalação. A obra pretendeu potenciar relações de observação dinâmicas em que o observador se tornava observado, constatando a sua evidente parte na natureza. “(en)CANTO ESCONDIDO” é simultaneamente um modelo de observatório urbano das migrações (insetos e pássaros) e uma construção arquitetural que invoca relações de convivência e partilha interespécie/intergeracional que incitam a interação e a descoberta de novas relações. A instalação pretendeu levar os observadores a um espaço de imersão, onde a realidade da natureza circundante se funde nas memórias e ficções de cada visitante. Foi uma experiência de partilha e um exercício estético e de reflexão sobre a sustentabilidade na nossa prática que se tornou uma experiência comunitária de partilha com imenso potencial narrativo e reflexivo.

Highlights

  • PhD-Brighton e PostDoc- ID+ UA e i3S turing the dynamic relationships between materials, landscape and habitats of

  • The project calls for intertwined relations between nature vel pela Interface Cultural Arte/Ciência. and culture

  • (en)CANTO ESCONDIDO vem na sequência de outras obras que temos desenvolvido em que refletimos sobre a relação natureza/cultura e a caraterística dos Humanos como espécie com autoconsciência e capacidade questionar a sua existência/consciência

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Summary

Sobre a Obra

Cortiça, gesso, água, sementes, rafia, corda e outros materiais que se tornam estruturais, a escultura apresenta elementos que constituem, ao mesmo tempo, inscrição na paisagem de formas construídas e acolhimento para pássaros, insetos, borboletas etc. (en)CANTO ESCONDIDO vem na sequência de outras obras que temos desenvolvido em que refletimos sobre a relação natureza/cultura e a caraterística dos Humanos como espécie com autoconsciência e capacidade questionar a sua existência/consciência. O fluxo de presença/ausência dos animais que visitaram a escultura foram parte integrante da dinâmica da instalação, assim como a intervenção humana que tendencialmente ajudou a potenciar a relação de visita, incrementando os elementos que os vários insetos e pássaros possam gostar. A obra potência relações de observação dinâmicas em que observador se torna observado - em que as várias espécies tomam consciência da presença e movimento das outras para visitar a instalação. A ideia foi a de construir a instalação de forma integrada na paisagem urbana, preferencialmente a partir de uma ou duas árvores (como resultou e podem observar nas imagens)

Residência e processo de construção
Observações finais
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