Abstract
Resumo O presente artigo insere-se no bojo do debate em torno dos conceitos de memória, experiência, subjetividade e suas relações com a história oral. Com base em bibliografia especializada e na análise de fontes orais de migrantes/ocupantes da ocupação Fazenda Caveirinha, no final dos anos de 1970 e início de 1980 (na região noroeste da cidade de Goiânia-GO), identificamos e buscamos compreender a manifestação de uma recorrência de temporalidades comuns às falas de depoentes perpassadas por emoções e sentimentos de nostalgia e pelo sofrimento psíquico. Assim, as falas são analisadas como universo de valores e tradições, costumes e hábitos, experimentados e rememorados cotidianamente pelos sujeitos desse movimento social enquanto dimensões constitutivas e constituídas do e no mesmo.
Highlights
The following article inserts itself in the bulge of the debate concerning concepts of memory, experience, subjectivity and their relations with oral history
Based on specialised bibliography and on the analysis of oral sources of migrants/occupants of Fazenda Caiveirinha, in the late 1970s and early 1980s, we identify and seek to comprehend the manifestation of a recurrence of common temporalities in the speeches of deponents pervaded by emotions and feelings of nostalgia and by psychological distress
Referimo-nos às articulações entre afetos, experiência e memória no cotidiano de migrantes internos que vivenciaram o cotidiano de luta por moradia na ocupação Fazenda Caveirinha (1979-1989)[1], na região noroeste da cidade de Goiânia-GO2
Summary
A postura investigativa – é sabido – pressupõe uma formação continuada. Outro pressuposto é o de que a pesquisa depende de um intransigente compromisso teórico, histórico e metodológico para compreensão da realidade social. Não raramente, é necessário retornarmos a determinados temas de pesquisa. Essa é a motivação que levou esse autor a retornar ao tema de pesquisa em questão, duas décadas depois. O objetivo é buscar compreender um aspecto da vida cotidiana dos sujeitos em questão que, há 20 anos atrás, não constituía um problema de pesquisa. Convicto de que os movimentos sociais não devem ser esvaziados de suas experiências significativas protagonizadas pelos seus sujeitos e do ponto de vista desses[5], nessa análise conferimos papel privilegiado às categorias em questão, uma vez que pretendemos compreender a importância da dimensão dos afetos[6] no processo de construção de novas formas de sociabilidade política no âmbito da comunidade[7] considerada
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