Abstract
Abstract: The Mussuca, a remaining quilombo community, located in state of Sergipe (Brazil), is known as the blacker than black or place of legit africans, as shown by researche of Lima (2006). In this place, we find a african originated traditional cultural practice , Samba de Pareia, in which women whose ages range between 44 and 72 years old, on fifteenth day past a child's birth in community, or during festivities of June cicle, play while wearing wooden shoes, to sound of percussion instruments that are responsible for cradling songs that (also) tell quilombo's history and explain practice in itself. Focusing on this, it is objective of present text not only to present Mussuca and its Samba de Pareia, but also intension of bringing forth considerations about resulting possibilities of space/time for decoloniality of thought.
Highlights
The Mussuca, a remaining quilombo community, located in the state of Sergipe (Brazil), is known as the "the blacker than black place" or the place of "legit africans", as shown by the researche of Lima (2006)
In this place, we find a african originated traditional cultural practice, the Samba de Pareia, in which the women whose ages range between 44 and 72 years old, on the fifteenth day past a child's birth in the community, or during the festivities of the June cicle, "play" while wearing wooden shoes, to the sound of percussion instruments that are responsible for cradling songs that (also) tell the quilombo's history and explain the practice in itself
A tradição oral para povos africanos e afro-brasileiros: relevância da palavra
Summary
Na Mussuca eu nasci Na Mussuca me criei Com o Samba de Pareia Na Mussuca morrerei Recorrer a um dos cânticos do Samba de Pareia[3] talvez seja o melhor modo de abrir clareira para uma discussão que busca intercambiar esses dois elementos: Mussuca. Embora a Mussuca seja um território, cuja pujança cultural e poder de mobilização de suas/seus moradoras/es convertem-se em características não apenas incontestes, mas diferenciadas, cremos não ser possível transitar por esse lugar sem olhar para o município no qual ele se encontra inserido. Um olhar embriagado pela razão metonímica, responsável, de acordo com Boaventura de Sousa Santos (2006), pela produção da não-existência (de saberes e, por conseguinte, de pessoas) ao deparar-se com o município de Laranjeiras (Sergipe), muito provavelmente o enquadraria entre os territórios atrasados, ineptos, incapazes de produzirem práticas culturais plausíveis – ainda que, com seus blocos de notas e equipamentos audiovisuais, os portadores daquele mesmo olhar invadissem essa cidade e revirassem as suas vísceras em busca de provas que justificassem suas convicções. A Dança de São Gonçalo, cujos brincantes, no município, são quilombolas da Mussuca, não guardam, a priori, nenhuma relação com as africanidades; é, em verdade, mais uma dessas heranças deixadas por Portugal e que se desdobram em homenagem a São Gonçalo, um santo muito venerado no país ibérico. A mais importante é o Goniopsis cruentata, comestível, que muitas vezes é chamado simplesmente de “Aratu”
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