Abstract

Este artigo tem como objetivo principal analisar o significado do corpo na experiência religiosa de alguns escravizados de origem centro-africana que viveram em Pernambuco nos anos 30 do século XVII, a partir da análise de dois textos produzidos, neste período, por Zacharias Wagener, um viajante europeu que morou na região. Procura-se demonstrar que o movimento de seus corpos, descrito nestes relatos, estava ligado à sua capacidade de transcendência, superação do sofrimento e construção de sentido por meio da releitura de alguns elementos das tradições religiosas centro--africanas transplantadas para o Brasil, que contribuíam para a sobrevivência e ressignificação, neste território colonial, das heranças religiosas de seu continente de origem.

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