Abstract
Apesar de sua elevada toxicidade, eletrólitos cianídricos são amplamente empregados pelas indústrias de eletrorrecobrimento devido à qualidade dos depósitos metálicos obtidos. Na Casa da Moeda do Brasil, o processo de eletrodeposição de cobre sobre aço carbono é utilizado para a fabricação das moedas de um e cinco centavos, gerando, ao seu final, dois tipos de efluentes: um concentrado, após a sangria de eletrólitos contaminados; e outro diluído, após a lavagem dos discos eletrorrevestidos de cobre. Em um trabalho anterior, avaliou-se a possibilidade de se recuperar eletroliticamente o cobre e oxidar parte do cianeto existente nos efluentes concentrados, alcançando-se bons resultados para os teores finais de cobre e cianeto livre partindo-se de uma solução contendo 26g/L de cobre e 27g/L de cianeto total. O presente trabalho visou testar em escala de bancada uma célula eletrolítica para o tratamento dos efluentes diluídos, partindo-se de uma solução sintética contendo 200mg/L de cobre e 130mg/L de cianeto livre. Nas condições de vazão de 0,37mL/s e a 50º C, alcançou-se concentrações finais de 0,7mg/L de cobre e 0,08mg/L de cianeto livre para uma corrente elétrica de 1,5A, e menor que 0,5mg/L de cobre e 0,08mg/L de cianeto livre para uma corrente elétrica de 2A, após três horas de eletrólise.
Highlights
As usinas de processamento de minérios auríferos e as indústrias de galvanoplastia utilizam o cianeto como reagente em seus processos, no primeiro caso como agente lixiviante e no segundo, como constituinte do eletrólito [1, 2], devido a uma série de benefícios a tais procedimentos industriais, apesar da elevada toxicidade do cianeto [3]
O objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar em escala de bancada uma célula eletrolítica com catodo na forma de tela aço inoxidável AISI 304 dobrada e anodos de titânio revestido com óxido de rutênio, para a recuperação do cobre e oxidação de cianeto livre de efluentes aquosos diluídos contendo cianeto, evitando assim o descarte de efluentes altamente tóxicos no meio ambiente
Uma voltametria de varredura linear catódica foi realizada com o objetivo de estudar os potenciais de deposição do cobre a partir de seus complexos, para as concentrações utilizadas na célula eletrolítica
Summary
As usinas de processamento de minérios auríferos e as indústrias de galvanoplastia utilizam o cianeto como reagente em seus processos, no primeiro caso como agente lixiviante e no segundo, como constituinte do eletrólito [1, 2], devido a uma série de benefícios a tais procedimentos industriais, apesar da elevada toxicidade do cianeto [3]. O uso de processos eletrolíticos como uma alternativa para oxidação de cianeto com a simultânea recuperação de cobre e metais preciosos a partir de soluções diluídas foi investigada por alguns pesquisadores [2, 4, 6, 14, 15]. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar em escala de bancada uma célula eletrolítica com catodo na forma de tela aço inoxidável AISI 304 dobrada e anodos de titânio revestido com óxido de rutênio, para a recuperação do cobre e oxidação de cianeto livre de efluentes aquosos diluídos contendo cianeto, evitando assim o descarte de efluentes altamente tóxicos no meio ambiente. A meta almejada foi adequar os padrões de cobre e cianeto total àqueles estipulados pelo CONAMA
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