Abstract
O tratamento de água é postulado em grande parte do mundo como um importante processo que visa, principalmente, à saúde da população, uma vez que elimina diversos microrganismos patogênicos. No entanto, a maioria dos sistemas de tratamento não possuem uma preocupação na detecção e remoção de partículas virais, que são causas de diversas doenças. Dessa forma, este estudo se propôs em revisar os artigos acadêmicos que abordam este tema e determinar qual a melhor técnica para a remoção da carga vital. Para isto, utilizou-se a plataforma CAPES na busca desses artigos, usando as palavras chaves: vírus, tratamento de água e doenças de veiculação hídrica. Os artigos pesquisados datam de 2010 a 2020 e foram excluídos os que abordavam os temas animais, bactérias, tratamento de esgoto e esgoto. Essa exclusão permitiu a coleta de 12 artigos, dos quais 75% apresentaram alguma técnica de tratamento de remoção de vírus na água. A estratégia mais eficiente foi a de pré-tratamento convencional seguido de membranas de ultrafiltração e a menos eficiente foi a de uso de filtro de carvão ativado granular.
Highlights
Este fato serve de alerta para as autoridades de saúde pública nacionais, uma vez que parte da população brasileira não é contemplada pelas redes de água e esgoto
Salienta-se que essas porcentagens não refletem uma homogeneidade da situação brasileira, pois regiões pobres sofrem mais com a falta de investimentos em saneamento básico
O presente artigo visa elucidar metodologias e técnicas de detecção da carga viral na água e do tratamento de água e determinar a capacidade dessas estratégias na remoção da carga viral presente na água
Summary
A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) alterou a dinâmica social em praticamente todo o mundo e ascendeu discussões e questionamentos diversos na área acadêmica. De acordo com o Manual de Saneamento da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), os vírus são agentes patogênicos de suma importância no saneamento, uma vez que uma de suas formas de transmissão ocorre por veiculação hídrica (BRASIL, 2015). O Nordeste apresentou uma cobertura de 80,2% para rede geral de distribuição de água e 44,6% de domicílios com rede geral ou fossa ligada à rede geral coletora de esgoto (BRASIL, 2018). No ranking dos 10 estados que mais apresentam número de casos do SARS-CoV-2, seis pertencem às regiões norte e nordeste, como mostrado da Figura 1 (BRASIL, 2020a). A Organização Mundial da Saúde divulgou que não há relatos da transmissão desse vírus por veiculação hídrica e que ainda não foram encontradas partículas virais viáveis na água e no esgoto. O presente artigo visa elucidar metodologias e técnicas de detecção da carga viral na água e do tratamento de água e determinar a capacidade dessas estratégias na remoção da carga viral presente na água
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