Abstract

A adubação de hortaliças por meio de biofertilizantes é utilizada principalmente pela agricultura orgânica. No entanto, são escassos os trabalhos publicados avaliando a microbiota potencialmente patogênica a humanos nos biofertilizantes, assim como sua formulação conforme as necessidades nutricionais da cultura. Desse modo, o objetivo com este estudo foi formular dois biofertilizantes otimizados, avaliar suas características sanitárias (microbiológicas e parasitológicas) e eficiência agronômica no cultivo orgânico da alface crespa. O experimento foi conduzido em condições de campo em Lagoa Seca, Paraíba. O arranjo experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial (2 x 6), com 3 repetições, sendo dois biofertilizantes otimizados (BIO I e BIO II) e seis concentrações (0, 20, 40, 60, 80 e 100 mL). A alface crespa foi adubada com os dois biofertilizantes, formulados com materiais orgânicos, e submetidos à fermentação aeróbica por 96 dias. O BIO II não teve contaminação com micro-organismos patogênicos ao homem, enquanto o BIO I apresentou contaminação com coliformes totais e fecais, Ascaris lumbricoides, Ancilostomideo spp., Entamoeba histolystica e Entamoeba coli. A aplicação do BIO I e BIO II promoveu aumento no rendimento da produção total, produção comercial, número de folhas, massa seca do caule e raiz. No entanto, a massa seca das folhas não diferiu do tratamento controle, independente do biofertilizante. Maiores estudos devem ser realizados para investigar o efeito residual dos biofertilizantes e, outros métodos de aplicação como pulverização foliar para o BIO II.

Highlights

  • Álisson Queiroz Moura 1, Elida Barbosa Correa 2, Josely Dantas Fernandes 3, Antonio Fernandes Monteiro Filho 4, Tricya Neroyldes Farias Ferreira 5, Alexandre Costa Leão 6

  • A aplicação do BIO I promoveu aumento linear na produção total, número de folhas, massa seca do caule, massa seca da raiz; e para a produção comercial o maior rendimento foi obtido na concentração de 40 mL

  • Efeito e biofertilizante no crescimento de alface, rúcula, tomate, Revista Verde, v.15, n.4, p.346-352, 2020

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido durante o período de abril a junho de 2016, em campo no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Lagoa Seca - PB (7° 9 ‘S, 35° 52’ W e altitude de 634 m). Os ingredientes utilizados (Tabela 2) foram homogeneizados uma vez a cada sete dias em reservatórios com capacidade de 200 L e fermentados de forma aeróbica. Os biofertilizantes se diferenciam em sua composição pela quantidade dos ingredientes e pela presença da manipueira apenas no BIO II (Tabela 2). A composição química dos ingredientes utilizados foi baseada nos níveis médios dos produtos. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualisados com o arranjo fatorial (2 x 6), sendo dois biofertilizantes (BIO I e BIO II) e 6 concentrações (0, 20, 40, 60, 80 e 100 mL), com três repetições, totalizando 36 unidades experimentais. Cada bloco foi constituído por 12 unidades experimentais com espaçamento de 0,25 m entre plantas e filas, a qual as duas filas de plantas centrais correspondiam à área útil (4 plantas). Composição química e quantitativa dos ingredientes utilizados no preparo dos biofertilizantes (BIO I e BIO II).

BIO II
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mínimo Máximo
Entamoeba coli
Média geral
Full Text
Paper version not known

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