Abstract

O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito do perfil granulométrico das partículas dietéticas sobre o desempenho de vacas leiteiras em lactação. Dez vacas leiteiras da raça Holandesa (média de 550 kg) foram distribuídas em um delineamento em switchback, em três períodos consecutivos. Os animais foram estabulados individualmente e receberam rações em mistura completa, constituída de feno de capim Tifton (50,4%) e concentrado (49,6%). O feno foi triturado em moinho comercial com peneiras de malhas de 3,2; 4,8; 7,9; 15,9; e 25,4 mm, e amostras de cada moagem foram submetidas ao separador de partículas modelo Penn State, para determinação do perfil de distribuição das partículas. Constituíram-se cinco tratamentos: T1 <FONT FACE=Symbol>¾</FONT> 100% das partículas abaixo de 8 mm; T2 <FONT FACE=Symbol>¾</FONT> 76% abaixo de 8 mm e 24% entre 8 e 19 mm; T3 <FONT FACE=Symbol>¾</FONT> 36,7% abaixo de 8 mm, 26,6% entre 8 e 19 mm e 36,7% acima de 19 mm; T4 <FONT FACE=Symbol>¾</FONT> 32% abaixo de 8 mm, 28% entre 8 e 19 mm e 40% acima de 19 mm; e T5 <FONT FACE=Symbol>¾</FONT> 26% abaixo de 8 mm, 28% entre 8 e 19 mm e 46% acima de 19 mm. Os resultados indicaram que os consumos de ração e nutrientes e a conversão alimentar não foram influenciados pelos diferentes perfis granulométricos das dietas, mas observaram-se variações na produção e na composição do leite. Verificou-se que vacas leiteiras alimentadas com dietas com perfis granulométricos intermediários produziram mais leite. A quantidade de gordura do leite produzida não foi afetada pelo perfil de distribuição das partículas dietéticas da dieta, porém vacas leiteiras alimentadas com dietas de maior granulometria produziram leite com maior teor de gordura. O processamento dos ingredientes das dietas com reduções do tamanho da partícula deve ser considerado criteriosamente, já que melhor desempenho ocorreu quando os animais foram submetidos às dietas de perfil granulométrico intermediário.

Highlights

  • Em alimentação de ruminantes, a ingestão de matéria seca é um dos aspectos mais importantes a serem considerados na formulação de dietas, por causa da sua estreita relação com o desempenho produtivo e reprodutivo

  • As dietas para animais de alta produção são balanceadas com o objetivo de maximizar a ingestão de energia e a síntese microbiana, o que exige, em tese, alimentos altamente fermentáveis como fontes de energia para os microrganismos ruminais

  • Dessa forma, tem sido proposta a utilização de um coeficiente de efetividade da fibra, que poderia ser calculado com base nas respostas do animal diante das diferentes fontes de fibra presente nos alimentos

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Summary

Material e Métodos

O trabalho com os animais foi desenvolvido no Setor de Bovinocultura de Leite do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na cidade de Viçosa – MG, entre os meses de março e julho de 1999. Os dados foram coletados por três períodos consecutivos de 28 dias, sendo 14 dias de adaptação dos animais às dietas e 14 dias de coleta de dados. Aproximadamente 100 g de amostra do material triturado em cada peneira foram colocados em separador de partículas modelo Penn State, de acordo com a metodologia proposta por Lammers et al (1996) e em consonância com os procedimentos sugeridos pela ADSA (1970) para determinação do perfil granulométrico da dieta. Os tratamentos foram constituídos, então, de acordo com o perfil da fibra de cada material oriundo das peneiras de moagem, conforme ilustrado na Tabela 1. Foram utilizadas dietas isonutricionais completas, constituídas por feno de tifton e suplemento concentrado elaborado com milho e soja, para todos os animais. Amostras dos ingredientes foram analisadas no Laboratório de Nutrição Animal da UFV, para determinação da composição nutricional (Tabela 2).

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