Abstract

Existem importantes fatores ambientais que afetam diretamente a taxa de crescimento das espécies florestais, que podem provocar alterações em suas propriedades e, por sua vez, afetar a densidade da madeira. Como a ocorrência das diferentes fitofisionomias está relacionada a fatores ambientais característicos, neste trabalho, objetivou-se verificar o comportamento geral da densidade da madeira das espécies arbóreas nativas, frente a essas diferentes condições de crescimento no estado de Minas Gerais. Os dados de cubagem rigorosa das árvores foram obtidos do Inventário Florestal de Minas Gerais. Foram utilizados dados de 1988 árvores nas diversas fisionomias florestais. De cada árvore foram retirados cinco discos de madeira nas posições 0, 25, 50, 75 e 100% da altura total. A densidade básica de cada disco foi determinada segundo a norma NBR 7190/1997. As fitofisionomias ombrófila, semidecídua, cerradão, cerrado típico e decídua apresentaram, respectivamente, médias de densidade da madeira de 0,502; 0,561; 0,585; 0,612 e 0,675 g.cm-3, todas estatisticamente distintas. Foi encontrada uma relação clara e coerente da densidade da madeira com as características edafoclimáticas que condicionam as diferentes fitofisionomias no estado de Minas Gerais. As fisionomias florestais apresentam condições ambientais tão características, que afetam a composição florística e, também, a atividade fisiológica e cambial das plantas, ocasionando densidades da madeira próprias às formações florestais.

Highlights

  • The objective was to verify the general behavior of wood density of native tree species in forest types in Minas Gerais state

  • Nos quais a atividade fisiológica e cambial das plantas é plena, resultam em divisão celular mais intensa, geralmente não acompanhada de um espessamento proporcional da parede celular, o que segundo Bergès et al (2008), proporciona densidade da madeira mais baixa em função de uma proporção inferior de lenho tardio em relação ao lenho inicial

  • Foram utilizados dados de 1988 árvores cubadas, totalizando 340 espécies, com diâmetro maior que 5,0 cm, distribuídas em classes de diâmetros e altura, em diferentes bacias e sub-bacias hidrográficas e nas fisionomias florestais: ombrófila, semidecídua, cerrado típico, cerradão e decídua

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Summary

INTRODUÇÃO

Fatores ambientais influenciam a variabilidade da madeira, uma vez que afetam a taxa de crescimento das espécies florestais (RIGATTO et al, 2004). Condições ambientais desfavoráveis ao crescimento das espécies florestais, normalmente caracterizadas por deficiência hídrica, baixas temperaturas e solos de baixa fertilidade estão, em geral, correlacionadas com altas densidades da madeira, em que a atividade fisiológica e cambial das plantas é reduzida. Baixas densidades da madeira estão associadas a ambientes favoráveis ao crescimento com disponibilidade e boa distribuição hídrica, temperaturas mais elevadas e solos mais férteis e de boa qualidade (BAKER et al, 2004; MULLERLANDAU, 2004; ROQUE; TOMAZELLO FILHO, 2009). Nos quais a atividade fisiológica e cambial das plantas é plena, resultam em divisão celular mais intensa, geralmente não acompanhada de um espessamento proporcional da parede celular, o que segundo Bergès et al (2008), proporciona densidade da madeira mais baixa em função de uma proporção inferior de lenho tardio em relação ao lenho inicial. Neste trabalho, objetivou-se verificar o comportamento geral da densidade da madeira das espécies arbóreas nativas, frente às diferentes condições ambientais de crescimento nas fitofisionomias no estado de Minas Gerais

Origem dos dados
Cubagem rigorosa
Determinação da densidade básica da madeira
Análise dos dados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
Findings
REFERÊNCIAS
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