Abstract
Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da acidez pela adição de níveis crescentes de amido sobre a degradação da caseína hidrolisada (tripticase). Utilizou-se o líquido de rúmen de um novilho fistulado recebendo 40% de ração concentrada. As incubações foram feitas anaerobicamente a 39ºC. Utilizaram-se 150 mg de tripticase e 0, 25, 50, 75, 100, 200 e 300 mg de amido em 10 mL de líquido de rúmen. Foram coletadas amostras ao longo das incubações para análises de pH, amônia e proteína microbiana. O amido teve pequeno efeito sobre o crescimento microbiano, mas os níveis igual ou acima de 50 mg/10 mL de líquido de rúmen inibiram totalmente a produção de amônia. Esta inibição foi certamente devido ao efeito do pH, pois este teve maior correlação com a produção de amônia que o amido (0,95 vs -0,59). Uma vez que a maior parte da utilização da caseína hidrolisada foi para a produção de amônia e que esta foi altamente inibida pela acidez, conclui-se que o moderado abaixamento do pH ruminal, pelo uso de concentrado, pode acarretar redução na perda de proteína alimentar por fermentação. Portanto, maior quantidade de proteína degradável pode ser adicionada à ração, justificando o benefício do sincronismo de fontes de carboidrato e proteína, quanto às suas degradabilidades, ao se formularem rações para ruminantes.
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