Abstract

O presente texto foi elaborado a partir de um estudo de caso sobre educação e oralidade negro-brasileira e consiste em uma abordagem acadêmico-reflexiva sobre alguns aspectos da educação escolar de negros; da tradição e culturas africanas; e, da oralidade negro-brasileira. Esta abordagem se embasa teoricamente, em especial, nas seguintes obras, com seus respectivos autores: Cultura Tradicional Banto, de Raul Ruiz de Asúa Altuna; O Local da Cultura, de Homi Kuane Bhabha; Tradição Viva, de Hampâté Bâ; e, Políticas Públicas de Ações Afirmativas: Educação e Abá (pensamento) Negro-Brasileiro Diásporico, de Jorge Manoel Adão. Ao mesmo tempo em que constatamos que a tradição oral é parte constituinte da matriz formadora da cultura brasileira, em suas expressões artísticas, festivas, religiosas e populares; percebemos que, desde os indicadores, temos um sistema educacional ainda pouco atraente aos pardos e pretos por não agregar a sua identidade cultural e por não reconhecer às singularidades deste grupo específico. Singularidades como: a entrada precoce no mercado de trabalho; a falta de uma qualidade social no ensino público, em que majoritariamente estes têm acesso; e, a um conteúdo programático que não reconhece o universo cultural, a partir de suas raízes, dos negros e que não incentiva a construção de um saber identitário. Assim como o racismo e o preconceito no ambiente escolar e em sala de aula que, consequentemente, se traduz em evasão e descontinuidade dos estudos e falta de referenciais, de perspectivas para a realização de uma trajetória de sucesso pessoal, acadêmico e profissional.

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